Os Camarões dão um passo importante na luta contra a malária ao receber a sua primeira entrega de vacinas contra a malária Mosquirix. Esta vacina, recomendada pela OMS, constitui um grande avanço na prevenção desta doença devastadora que causa cerca de 11.000 mortes no país todos os anos.
Os Camarões tornam-se assim o primeiro país africano a receber esta vacina, após uma fase piloto bem sucedida no Gana, no Quénia e no Malawi. Esta primeira entrega inclui 331.200 doses de Mosquirix, o suficiente para cobrir 42 distritos sanitários dos 203 do país. Embora este seja um primeiro passo encorajador, é crucial compreender que a vacina não pode erradicar completamente a malária. Complementa outras medidas de prevenção já em vigor, como a utilização de mosquiteiros impregnados com insecticida e a eliminação de criadouros de larvas.
Segundo o Dr. Shalom Tchokfe, secretário permanente do Programa Alargado de Vacinação, esta vacina poderá reduzir as mortes relacionadas com a malária em pelo menos um terço. Este primeiro passo abre caminho para novos resultados promissores na luta contra esta doença.
A ministra da Saúde, Malachie Manaouda, sublinha também a importância das medidas individuais de prevenção para complementar a eficácia da vacina. A sensibilização do público para a utilização de redes mosquiteiras e a vigilância na monitorização dos sintomas da malária continuam a ser elementos-chave para evitar taxas de mortalidade elevadas.
Este primeiro lote de vacinas Mosquirix será administrado em crianças dos 6 aos 24 meses, num esquema de quatro doses. Cerca de 400.000 crianças poderão beneficiar desta vacinação. Contudo, é importante notar que a vacina não é uma solução milagrosa e ainda há muito trabalho a ser feito para combater a malária de forma abrangente.
Dito isto, a introdução da vacina Mosquirix nos Camarões representa um grande passo em frente na luta contra a malária em África. Isto abre portas a novas possibilidades e dá esperança numa redução significativa do número de mortes causadas por esta doença. A colaboração entre as autoridades de saúde, as organizações internacionais e as comunidades locais será essencial para maximizar o impacto desta nova arma na luta contra a malária.