O MPR regressa com a sua canção “Keba”: um grito de dor contra a corrupção e os problemas sociais na RDC
O grupo MPR, sigla para Música Popular da Revolução, está de volta ao cenário musical congolês com a sua última música intitulada “Keba”. Esta nova criação da dupla Yuma Dash e Zozo Machine pretende sensibilizar a população e denunciar a corrupção que assola o país bem como os problemas sociais que os congoleses enfrentam diariamente.
Em 3 minutos e 39 segundos, o rap e o canto combinam-se para expressar o desconforto do povo congolês face a uma classe política corrupta. A letra de “Keba” destaca as consequências desta corrupção na vida dos cidadãos comuns ao enfatizar que “a desgraça das autoridades é ver o povo viver feliz”.
A canção também denuncia os persistentes problemas socioeconómicos na RDC, com letras empenhadas que declaram que “a mãe reza para nos tirar do buraco”, mas que as ações dos líderes políticos apenas perpetuam o seu próprio poder em detrimento do pessoas.
O grupo MPR não mede palavras e critica abertamente os líderes do país, afirmando que “o peso desta vestimenta de vergonha de glória” é sentido por todos os congoleses. Apelam a não ignorar o sofrimento vivido pela população e a tomar consciência da responsabilidade dos políticos nestes problemas.
A canção “Keba” também aborda a situação no leste da RDC, descrevendo esta região como o “coro da canção de guerra do Congo”. O grupo refere-se à agressão ruandesa e à presença de grupos armados locais como o M23, destacando as consequências destes conflitos na vida dos congoleses.
MPR é conhecido por abordar temas políticos e sociais em suas canções, e “Keba” não é exceção. A dupla destaca a necessidade de uma verdadeira liberdade de expressão, argumentando que ela está “enjaulada” e que política é igual a decepção.
A sua mensagem é clara: é tempo de a população congolesa acordar, fazer ouvir a sua voz e lutar contra a corrupção e os problemas sociais que dificultam o desenvolvimento do país.
Concluindo, a canção “Keba” do grupo MPR é um grito de dor que denuncia a corrupção e destaca os problemas sociais que os congoleses enfrentam. Esta canção comprometida apela à mobilização da população e ao despertar dos cidadãos para provocar mudanças reais na RDC.