Numa entrevista recente à France 24 e à RFI, o Presidente da República Democrática do Congo, Félix-Antoine Tshisekedi, respondeu às críticas do seu rival político Moïse Katumbi relativamente à gestão do país. O chefe de Estado defendeu a sua política destacando os progressos alcançados desde que chegou ao poder. Ele também apontou as falhas de Katumbi quando era governador da província de Katanga.
Tshisekedi reagiu pela primeira vez às críticas de Katumbi aos cortes de energia no país, dizendo que este problema existia muito antes do seu mandato e que o governo está a trabalhar activamente para remediá-lo. Salientou que a taxa de acesso à electricidade aumentou desde que chegou ao poder, de 9% para cerca de 20% dos agregados familiares. Ele também lembrou a Katumbi que, como governador de Katanga, poderia ter tomado medidas para melhorar a situação, como a construção de um aeroporto internacional em Kolwezi, a capital mundial do cobalto. Tshisekedi destacou as suas próprias iniciativas destinadas a facilitar a chegada de investidores à região através da melhoria da infra-estrutura aeroportuária.
O Presidente da RDC afirmou estar ciente dos muitos desafios que permanecem, mas destacou os progressos alcançados durante o seu mandato. Citou como exemplo a classificação triplo B atribuída ao país pelas agências internacionais de rating, demonstrando a confiança dos investidores na economia congolesa. Tshisekedi referiu-se também ao feedback positivo que está a receber dos actores internacionais que reconhecem os progressos alcançados sob a sua presidência.
A próxima votação presidencial na RDC promete ser tensa, com Tshisekedi concorrendo a um segundo mandato e Katumbi entre os principais adversários. Este confronto político realça as diferenças de visão e de avaliação entre os diferentes protagonistas. Enquanto Tshisekedi destaca os progressos alcançados e a sua determinação em continuar o desenvolvimento do país, Katumbi critica a gestão actual e oferece uma alternativa. Os próximos meses serão decisivos para o futuro da RDC e para a escolha dos eleitores.
Para concluir, a entrevista com Félix-Antoine Tshisekedi foi uma oportunidade para ele responder às críticas de Moïse Katumbi e defender a sua política. Os intercâmbios entre os dois candidatos às eleições presidenciais destacaram as questões e diferenças dentro da cena política congolesa. Os eleitores terão de fazer uma escolha informada com base nos argumentos apresentados por cada candidato. O país encontra-se num ponto de viragem na sua história e as eleições presidenciais serão decisivas para o seu futuro.