A candidatura de Marie Josée IFOKU à presidência da República Democrática do Congo desperta interesse e abre caminho para um fascinante debate político. Sendo a primeira mulher a entrar na corrida ao cargo supremo, ela encarna um forte símbolo da emancipação das mulheres na esfera política.
Ao submeter a sua candidatura ao Gabinete de Recepção e Processamento de Candidaturas da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), Marie Josée IFOKU apresentou a sua visão política, baseada no conceito de “kombolização”. Este termo, inspirado na palavra “kombo” que significa vassoura em Lingala, representa a ideia de limpar os anti-valores e as más práticas que têm impedido o desenvolvimento da RDC.
Segundo Marie Josée IFOKU, a “kombolização” visa romper com o sistema de predação que prevalece desde a independência do país. Considera que o povo congolês tem sido alvo de líderes predadores e propõe uma ruptura radical com este sistema através da implementação de um programa baseado em cinco pontos-chave.
Durante a sua reunião com o Presidente da CENI, Denis KADIMA KAZADI, Marie Josée IFOKU expressou a sua confiança no processo eleitoral em curso e ofereceu o seu apoio para garantir eleições transparentes e legítimas. Ela sublinhou a importância de acabar com a crise de legitimidade que prejudicou os ciclos eleitorais anteriores e manifestou esperança de que desta vez as coisas corram de forma adequada.
A candidatura de Marie Josée IFOKU traz uma lufada de ar fresco ao cenário político congolês, apresentando uma visão de transformação e mudança profunda baseada na “kombolização”. O seu empenho como mulher num campo tradicionalmente dominado por homens mostra também o desejo crescente das mulheres congolesas de ocupar o seu lugar na esfera política e contribuir activamente para a construção de um futuro melhor para o seu país.
Será interessante acompanhar a campanha eleitoral de Marie Josée IFOKU e ver como a sua visão de “kombolização” será recebida pelos eleitores congoleses. Os próximos meses prometem ser ricos em debates e questões para o futuro político da RDC.