“RDC: A firmeza do Presidente contra o M23 e o Ruanda põe a diplomacia à prova”

A diplomacia enfrenta um verdadeiro desafio: encontrar uma solução duradoura para o conflito entre a República Democrática do Congo (RDC) e o grupo rebelde M23 apoiado pelo Ruanda. Embora a comunidade internacional defenda negociações para resolver este conflito, o Presidente Félix Tshisekedi permanece inflexível, recusando qualquer discussão com os terroristas do M23 e com o Ruanda.

Esta posição firme do Presidente Tshisekedi foi recentemente reafirmada durante uma reunião com o corpo diplomático em Kinshasa. Enquanto os Estados Unidos da América e outros países querem ver o Congo retomar o diálogo com o Ruanda, o presidente congolês recusa qualquer forma de negociação com o agressor e insiste numa solução militar.

Este desejo da RDC de favorecer uma solução militar não deixa de ter consequências nos esforços diplomáticos levados a cabo até à data. Os processos de mediação em Luanda e Nairobi, liderados respectivamente pelos presidentes angolano e queniano, estão hoje paralisados. Os terroristas do M23 não respeitaram o cessar-fogo recomendado pelo Presidente angolano e não participaram nas negociações organizadas pelo Presidente queniano.

Contudo, é importante notar que a intransigência da RDC pode basear-se no progresso no terreno. Com efeito, a resolução definitiva do conflito exige acções militares que permitam às forças legalistas recuperar o controlo dos territórios ocupados pelo M23.

Sabendo disto, os terroristas do M23 e o seu apoio, o Ruanda, estão a aumentar as suas acções para manter a sua vantagem nesta guerra assimétrica contra o povo congolês. Os recentes bombardeamentos em Mweso e Goma são uma ilustração disso.

É, portanto, claro que o regresso da paz à RDC depende essencialmente de ações no terreno. A intransigência do Presidente Tshisekedi face ao M23 e ao Ruanda deve ser acompanhada por verdadeiras acções militares para desalojar os beligerantes e expulsá-los do território congolês.

Embora a comunidade internacional continue a apelar ao diálogo, é crucial reconhecer que a diplomacia por si só não será suficiente para resolver este conflito. Estabelecer um equilíbrio de poder favorável no terreno é essencial para impor uma solução duradoura.

Em conclusão, a posição firme da RDC recusa quaisquer negociações com o M23 e o Ruanda. Embora isto possa parecer ir contra as expectativas da comunidade internacional, é crucial concentrar-se em ações militares que possam levar a uma resolução definitiva do conflito. Só uma solução baseada num equilíbrio de poder favorável permitirá estabelecer uma paz duradoura na República Democrática do Congo.

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