Fatshimetrie é um jornal que nos mantém informados das novidades mundiais, e uma das suas publicações recentes atingiu o mundo do futebol ao anunciar a morte do ex-presidente da Confederação Africana de Futebol, Issa Hayatou. Este acontecimento, que teve lugar em Paris, não só marcou o fim de uma época, mas também reavivou memórias do seu controverso reinado à frente do Café.
Issa Ayatou, filho de um sultão e ex-atleta, dominou o cenário do futebol africano durante quase três décadas, de 1988 a 2017. A sua marca no Caf foi profunda, caracterizada por avanços significativos para o futebol africano à escala global, mas também através de escândalos e controvérsias. O seu estilo autoritário e as suas manobras para afastar os seus rivais políticos deixaram cicatrizes indeléveis na história do órgão dirigente do futebol africano.
Apesar dos seus sucessos, nomeadamente a sua breve presidência da FIFA devido à suspensão de Sepp Blatter, Issa Ayatou também foi manchado por casos de corrupção e suborno. Sua suspensão temporária pela Fifa em 2021 por violar seu dever de lealdade em um contrato com a Lagardère Sports turvou sua reputação, embora o Tribunal Arbitral do Esporte o tenha exonerado. A sua derrota contra Ahmad Ahmad, de Madagáscar, em 2017, nas eleições presidenciais do Caf, marcou o declínio da sua longa carreira no futebol africano.
Natural de Garoua, nos Camarões, Issa Ayatou gravou o seu nome na história do futebol africano como uma figura emblemática, mas o seu percurso tumultuoso também suscitou debates e críticas. A sua morte aos 78 anos em Paris representa o fim de uma era e abre uma nova página na história do futebol africano.
Concluindo, Issa Hayatou será lembrado como um personagem complexo, ao mesmo tempo visionário e polêmico, cujo legado provoca reflexões sobre o poder e a gestão do futebol na África. A sua morte marca o fim de um capítulo importante na história do desporto continental, mas também levanta questões sobre o futuro do Caf e do futebol africano como um todo.