**Fatshimetrie: a visão de Ghislain Yumba Kayembe sobre os rumores sobre a Chemaf SA**
No centro de uma controvérsia em torno das operações de mineração da Chemaf SA, Ghislain Yumba Kayembe, secretário-geral da empresa, concedeu recentemente uma entrevista à Fatshimetrie para esclarecer alguns pontos-chave. Embora rumores persistentes sugiram uma possível influência da Gécamines SA na gestão da Chemaf SA, o Sr. Yumba Kayembe fez questão de dissipar estas especulações, enfatizando a natureza autónoma da Chemaf SA como uma empresa mineira privada.
No centro do debate está a declaração do Sr. Guy Robert Lukama, Presidente do Conselho de Administração da Gécamines SA, insinuando que o futuro da Chemaf Ressources, detida maioritariamente pela Chemaf SA, estaria condicionado ao acordo da Gécamines SA. Uma afirmação à qual Ghislain Yumba Kayembe respondeu com firmeza, sublinhando que a Chemaf SA era uma entidade separada da Chemaf Ressources, uma empresa sediada na Ilha de Man e que não opera na República Democrática do Congo.
É fundamental ressaltar que a Chemaf SA opera com um capital composto por três principais acionistas: Shiraz (0,02%), o Estado Congolês (5%) e Chemaf Resources (94,68%). Este último detém uma parte significativa da estrutura acionista, tornando vital qualquer decisão que implique uma mudança de controlo. É neste contexto que a Chemaf Ressources está a considerar a venda de parte das suas ações para garantir a continuidade das atividades da Chemaf SA, confrontada com dificuldades financeiras particularmente ligadas à flutuação do mercado de cobalto.
Para atenuar estes problemas de liquidez, a Chemaf SA contraiu um empréstimo de 500 milhões de dólares junto da Trafigura, uma empresa de renome no sector das matérias-primas. Este empréstimo, garantido pelas licenças mineiras da Chemaf, permitiu financiar a construção de novas instalações mineiras e reembolsar gradualmente o empréstimo inicial. No entanto, os desafios permanecem, com a necessidade de encontrar novos parceiros financeiros que garantam a sustentabilidade das atividades da empresa.
Concluindo, o anúncio da possível venda de ações pela Chemaf Ressources não constitui interferência externa, mas sim uma decisão estratégica interna que visa garantir a viabilidade financeira da Chemaf SA. Esta abordagem, aprovada pelas autoridades competentes, insere-se numa lógica de desenvolvimento sustentável e de sustentabilidade das actividades mineiras num contexto económico complexo. Ghislain Yumba Kayembe, ao fornecer estes detalhes, lança luz sobre o debate e permite uma compreensão mais matizada da situação actual da indústria mineira na República Democrática do Congo.