Fatshimétrie, 1 de Julho de 2024 – A conferência internacional sobre os exércitos africanos que enfrentam a reconfiguração estratégica global da defesa e segurança foi aberta com grande alarde em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo. Este evento de dois dias reúne uma série de especialistas, investigadores militares e decisores políticos de todo o continente para trocar ideias e partilhar ideias sobre como reforçar as capacidades de segurança militar num contexto internacional em constante evolução.
O Vice-Ministro da Defesa Nacional, Samy Adubango, sublinhou a importância desta reunião como sendo uma plataforma essencial para avaliar de forma transparente as capacidades dos exércitos africanos e formular recomendações concretas com vista ao reforço da segurança do continente. Apelou a uma abordagem pragmática e concertada para enfrentar os actuais desafios de segurança, tendo em conta as especificidades de cada Estado.
O reitor da Universidade de Kinshasa, Professor Jean Marie Kayembe, destacou o atual contexto global marcado pela guerra na Ucrânia e as suas repercussões na ordem mundial. Salientou a necessidade de os exércitos africanos se adaptarem a estas novas dinâmicas e desempenharem um papel proactivo na promoção da segurança à escala global.
Por seu lado, o major-general Muland Nawej, comandante da escola de guerra de Kinshasa, traçou os objectivos desta conferência que visa reflectir sobre as mudanças geoestratégicas globais do pós-guerra e identificar formas de reforçar a defesa em África, bem como na região dos Grandes Lagos. em particular.
Ao longo dos debates e discussões, torna-se claro que a questão da segurança em África é inseparável das questões globais de defesa e paz no mundo. Os exércitos africanos não devem apenas adaptar-se às novas ameaças e às mudanças estratégicas internacionais, mas também envolver-se em parcerias e colaborações reforçadas para garantir a segurança e a estabilidade do continente.
Esta conferência promete, portanto, ser uma grande oportunidade para repensar as políticas de defesa em África, promover a inovação e a cooperação regional e contribuir activamente para a construção de uma ordem mundial mais equilibrada e segura. Numa altura em que os desafios de segurança se multiplicam e se tornam mais complexos, é imperativo que os exércitos africanos se posicionem como intervenientes essenciais na segurança colectiva e partilhada.