Embora a comunidade internacional continue profundamente preocupada com os trágicos acontecimentos da guerra de Gaza em 2023, uma nova luz está agora a ser lançada sobre as violações das leis internacionais e os crimes de guerra cometidos por Israel e pelo Hamas. O relatório contundente divulgado pela ONU destaca atos insensíveis perpetrados por ambos os lados, revelando um flagrante desrespeito pelo direito humanitário internacional.
O início do conflito, marcado pelos ataques de 7 de Outubro, foi o ponto de partida de uma espiral de violência que dilacerou a região. A ONU sublinhou que tanto Israel como o Hamas cometeram crimes de guerra e graves violações do direito internacional, destacando actos como o ataque deliberado a civis, o assassínio, a tortura, o tratamento desumano, os ultrajes à dignidade humana e a tomada de reféns, incluindo crianças inocentes. .
Os massacres cometidos naquele dia levaram Israel a declarar guerra ao Hamas e a lançar uma ofensiva devastadora em Gaza, destruindo grande parte do enclave densamente povoado e causando a perda de milhares de vidas. Os números são esmagadores: mais de 37 mil pessoas perderam a vida, segundo as autoridades de saúde de Gaza.
O relatório da ONU destaca os crimes cometidos por Israel, classificados como crimes contra a humanidade devido à escala e sistematicidade dos ataques dirigidos contra a população civil. Foram citados actos como a fome, a detenção arbitrária e o assassinato e mutilação de dezenas de milhares de crianças.
Por seu lado, o Hamas não ficou atrás, cometendo também actos de violência sexual e tortura, bem como ataques deliberados contra civis. O relatório, baseado em entrevistas com vítimas e testemunhas, milhares de fontes verificadas forenses, relatórios médicos e ampla cobertura mediática, revela uma realidade brutal e inaceitável.
Em resposta a estas revelações, Israel contestou veementemente as conclusões do relatório, acusando a missão de apuração de factos de parcialidade em relação ao Hamas. O país também destacou o incumprimento dos constantes disparos de foguetes no seu território, rejeitando qualquer tentativa de estabelecer qualquer equivalência entre os soldados das FDI e os terroristas do Hamas no que diz respeito à violência sexual.
Estas recentes revelações juntam-se a uma série de acusações feitas contra Israel por outros organismos internacionais, nomeadamente o Tribunal Penal Internacional. Este último emitiu mandados de prisão contra vários líderes israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade..
À medida que a comunidade internacional procura respostas e soluções para pôr fim a esta escalada de violência e de violações dos direitos humanos, é imperativo que a justiça prevaleça e que os responsáveis por estes actos hediondos sejam responsabilizados. O respeito pelo direito internacional e pelos princípios humanitários deve orientar todas as ações futuras, a fim de prevenir novas tragédias e restaurar a paz na região.