A configuração e o estado de degradação da prisão central de Kisangani, na República Democrática do Congo, foram recentemente destacados por um apelo urgente lançado por Me Gisèle Kapinga, Comissária para os Direitos Humanos. Numa entrevista comovente, ela destacou as condições precárias em que vivem os presos neste estabelecimento penitenciário, onde a falta de energia elétrica e a escassez de alimentos são comuns.
A situação é ainda mais alarmante porque a prisão central de Kisangani, construída há um século com uma capacidade inicial para 500 reclusos, acomoda actualmente mais do dobro da sua capacidade, com mais de 1.000 residentes. Esta sobrelotação prisional é agravada pela presença de mulheres presas e outras pessoas em conflito com a lei, criando uma situação preocupante de sobrelotação.
Me Gisèle Kapinga defendeu uma reabilitação urgente da prisão central de Kisangani, sublinhando a necessidade de melhorar as condições de vida dos reclusos e garantir o respeito pelos seus direitos fundamentais. Esta abordagem visa pôr fim à precariedade e à insegurança que atualmente reina neste estabelecimento penitenciário e oferecer aos presos uma perspectiva mais humana que respeite a sua dignidade.
É imperativo que as autoridades competentes tomem medidas concretas para responder a este apelo urgente e implementar soluções duradouras que irão melhorar as condições de detenção na prisão central de Kisangani. A questão vai além da simples questão da disposição física do estabelecimento; trata-se de garantir o respeito pelos direitos humanos fundamentais de cada indivíduo, mesmo em situação de detenção.
Em última análise, a situação na prisão central de Kisangani realça a necessidade de sensibilização colectiva e de acção coordenada para melhorar as condições de vida dos reclusos e garantir o respeito pela sua dignidade e direitos. É fundamental que a sociedade como um todo se mobilize para fazer da justiça e da reabilitação das prisões prioridades, respeitando os valores da humanidade e o respeito pela pessoa humana.