O aumento da violência na região de Kivu do Sul, na República Democrática do Congo, levou o tribunal militar a funcionar em tribunal móvel, a fim de fazer justiça em casos de crimes contra a humanidade. Durante um veredicto proferido em 3 de Junho em Walungu, três líderes de milícias foram julgados em segundo grau, pondo assim fim a um longo processo judicial.
Alimasi Masudi Frédéric, aliás Koko Di Koko, foi condenado à morte, marcando assim a severidade da justiça face a tais actos hediondos. Masudi, acompanhado por dois membros da sua milícia, foi acusado de crimes graves, incluindo ataques nos territórios de Mwenga e Shabunda.
O tribunal militar examinou cuidadosamente as acusações contra cada arguido, decidindo condenar Masudi à prisão perpétua, tendo os seus cúmplices Samitamba Mekese Alias Kaburi Wazi e Mwilo Katindi recebido 20 e 15 anos de prisão respetivamente. Além disso, o Estado congolês foi reconhecido como civilmente responsável nesta matéria, sublinhando assim a responsabilidade colectiva de todos os actores envolvidos nestes actos atrozes.
Noutra parte deste caso, Mbaho Munyololo, também conhecido como Ndarumanga, foi condenado a prisão perpétua, acrescida de uma multa simbólica. O tribunal confirmou também a responsabilidade do Estado congolês neste caso, reforçando assim a ideia de que devem ser tomadas medidas para garantir a segurança e protecção dos cidadãos.
Finalmente, o caso de Mabuli, apelidado de Bralima, levantou questões cruciais relativamente à participação num movimento insurreccional. Embora Mabuli não tenha comparecido em tribunal, os seus homens, Chubaka, Birindwa e Mushagalusa, foram absolvidos de algumas acusações, mas condenados por outras. Esta decisão mostra a complexidade dos processos judiciais e a necessidade de um exame cuidadoso dos factos antes de se proferir uma sentença.
Em conclusão, o tribunal militar do Kivu do Sul demonstrou a sua determinação em restaurar a justiça e punir os responsáveis por crimes graves. Estes veredictos devem servir de alerta a todos aqueles que procuram semear o terror e a violência na região e realçar a importância de reforçar o Estado de direito para proteger as populações vulneráveis.