A Aliança dos Estados do Sahel reforça a cooperação entre o Mali, o Níger e o Burkina Faso para aumentar a segurança e o desenvolvimento

Aliança dos Estados do Sahel: reforço da cooperação entre o Mali, o Níger e o Burkina Faso

Após a sua saída da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o Mali, o Níger e o Burkina Faso anunciaram o seu desejo de reforçar a sua cooperação no âmbito da Aliança dos Estados do Sahel (AES). Esta aliança, originalmente criada para lutar contra grupos jihadistas, pretende agora expandir-se económica e politicamente.

O objectivo principal da AES era permitir que os três países reunissem os seus recursos militares para lutar contra os grupos rebeldes e jihadistas que operam na região do Sahel. No entanto, durante uma reunião que teve lugar em Bamako em Novembro passado, o Mali, o Níger e o Burkina Faso manifestaram o seu desejo de ir além da cooperação em matéria de segurança e criar uma verdadeira união económica e política.

Assim, depois de anunciarem a sua saída da CEDEAO, os três países deverão reforçar a sua cooperação no âmbito da AES. Esta aliança baseia-se num tratado que prevê a segurança colectiva, o que significa que os membros se comprometem a responder em caso de agressão ou ataque contra um dos membros. Tendo isto em mente, é possível imaginar um fortalecimento da cooperação económica, bem como uma aliança diplomática destinada a formar um bloco sólido e a funcionar como contrapeso aos outros estados da CEDEAO.

Embora a assinatura da carta que cria a AES tenha dado origem a reuniões diplomáticas de alto nível, os detalhes sobre as instituições que serão criadas ainda permanecem obscuros. É também possível que a cooperação militar demore a materializar-se e que algumas dimensões da cooperação não sejam tornadas públicas.

A Aliança dos Estados do Sahel representa assim uma nova etapa na cooperação entre o Mali, o Níger e o Burkina Faso. Ao reforçar os seus laços a nível económico e diplomático, estes países procuram responder melhor aos desafios de segurança e socioeconómicos que os preocupam. No entanto, resta saber como esta aliança se materializará e quais serão os seus impactos na estabilidade e no desenvolvimento da região do Sahel.

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