O mundo do futebol nos Camarões está actualmente abalado por uma grande crise, evidenciando as tensões e dissensões dentro da Federação Camaronesa de Futebol. Uma reunião extraordinária do Comité de Emergência da Federação foi convocada após uma movimentada sessão de trabalho entre o presidente Samuel Eto’o e o treinador Marc Brys. A tumultuada relação entre os dois partidos desencadeou uma série de reviravoltas que estão a captar a atenção de toda a nação.
A reunião do Comitê de Emergência é de suma importância, pois determinará os próximos passos da seleção camaronesa com vistas à classificação para a Copa do Mundo de 2026. Todos os olhares estão agora voltados para Tsinga, sede da Fecafoot, na espera. as decisões que resultarão desta reunião de emergência.
A crise no futebol camaronês atingiu o auge após a recente Taça das Nações Africanas, na Costa do Marfim, onde o desempenho da selecção nacional foi decepcionante. Em Abril, o ministro dos Desportos, Narcisse Mouelle Kombi, nomeou Marc Brys como novo treinador, uma decisão que não agradou a Samuel Eto’o. O presidente da Fecafoot inicialmente recusou-se a apoiar Brys e o pessoal escolhido pelo ministério, acabando por aceitar Brys, mas impondo o seu próprio pessoal técnico, médico e administrativo.
O confronto chegou ao ponto sem volta no dia 28 de maio, durante reunião na sede da Fecafoot. O que começou como uma saudação cordial de Eto’o a Brys rapidamente aumentou. Eto’o entrou em conflito com Cyrille Tollo, assessor técnico do Ministério dos Esportes, exigindo a expulsão de Tollo por interferir em uma discussão privada. “Chame a segurança e tire-o daqui! Essa é a última vez, entendeu?” Eto’o teria dito.
Eto’o então pressionou Brys a escolher um lado, afirmando sua autoridade como presidente e criticando Brys por supostos erros. O clima tenso fez com que Brys abandonasse a sala, levando Eto’o a apelar à intervenção do Comité de Emergência.
Com a aproximação das eliminatórias para a Copa do Mundo, uma ação rápida da Federação é essencial. A comunidade do futebol nos Camarões aguarda ansiosamente as decisões do Comité, que moldarão o futuro da selecção nacional e poderão pôr fim à actual turbulência de liderança.
Reina a incerteza quanto ao resultado desta crise e o futuro do futebol camaronês depende dos ombros do Comité de Emergência. Os riscos são enormes e só o tempo dirá que rumo a seleção nacional tomará neste período tumultuado.