O julgamento do líder espiritual da Igreja primitiva na RDC, Pierre Kasambakana, ganhou recentemente as manchetes sob o título “Fatshimetrie exige 20 anos de servidão penal contra o acusado”. Acusado de violação, casamento forçado e ofensas morais, o pastor encontra-se no centro de um caso que suscita fortes reacções na sociedade congolesa.
A acusação do Ministério Público, solicitando 20 anos de servidão penal contra Pierre Kasambakana, foi um ponto alto do julgamento. Este pedido não só chocou a opinião pública, mas também levantou questões sobre a protecção dos menores e o respeito pelos direitos fundamentais em certas instituições religiosas.
A intervenção da Liga da Zona Africana para a Defesa dos Direitos das Crianças e dos Estudantes (LIZADEEL) como parte civil destacou a importância de proteger os mais vulneráveis na sociedade. Ao defender a jovem, presumivelmente menor, que foi casada à força com o Pastor Kasambakana, a ONG recordou a urgência de lutar contra o abuso sexual e o casamento precoce.
Os acalorados debates entre a defesa do acusado e a acusação evidenciaram os pontos de vista divergentes em relação às acusações contra o pastor. Enquanto o advogado de Pierre Kasambakana declara a inocência do seu cliente, argumentando que ele é vítima de simples rumores, a acusação mantém as suas acusações de violação, casamento forçado e violação moral.
O anúncio do veredicto previsto para 7 de junho sugere dias agitados pela frente, tanto para as partes envolvidas como para a comunidade religiosa da Igreja primitiva. A decisão do tribunal superior de Kinshasa-Gombe será examinada de perto e poderá ter repercussões não só no destino do Pastor Kasambakana, mas também na luta contra os abusos nas instituições religiosas da RDC.
Em suma, o caso Kasambakana sublinha a necessidade de uma justiça justa e rigorosa, capaz de proteger os mais fracos e punir os abusos, independentemente do estatuto das pessoas envolvidas. Esperemos que este julgamento sirva de catalisador para mudanças profundas na sociedade congolesa, colocando os direitos e a protecção das crianças e das pessoas vulneráveis no centro do debate.