O recente testemunho de Dangote no Fórum de CEOs Africanos em Kigali destacou uma questão importante que impede o desenvolvimento do continente: as restrições de vistos. Como grande investidor em África, Dangote destacou a dificuldade que enfrenta na obtenção de cerca de 35 vistos diferentes para exercer as suas actividades comerciais em todo o continente. Esta situação revela claramente um flagrante desequilíbrio entre as facilidades concedidas aos estrangeiros e os obstáculos administrativos impostos aos africanos.
A questão dos vistos é uma questão crucial para promover a integração económica e facilitar o comércio em África. Na verdade, a livre circulação de pessoas e bens é essencial para promover o crescimento económico e o investimento no continente. Ao limitar a mobilidade dos empresários e investidores africanos, as restrições de vistos prejudicam o desenvolvimento empresarial e dificultam a emergência de um ambiente económico dinâmico e competitivo.
É, portanto, imperativo que os governos africanos tomem medidas concretas para simplificar os procedimentos de vistos e facilitar a mobilidade dos trabalhadores e investidores em todo o continente. O estabelecimento de políticas de vistos mais flexíveis e harmonizadas entre os países africanos ajudaria a impulsionar o comércio, reforçaria a integração regional e encorajaria o investimento transfronteiriço.
As iniciativas recentes tomadas por alguns países africanos, como o Ruanda, o Quénia e o Gana, para facilitar a obtenção de vistos aos nacionais de outros países africanos são encorajadoras. No entanto, é essencial alargar estas medidas a todo o continente, a fim de promover uma maior conectividade e uma maior colaboração económica entre os países africanos.
Em suma, a questão dos vistos em África é uma questão essencial para promover o desenvolvimento económico e fortalecer a integração regional. Chegou a altura de os líderes africanos agirem em concertação para removerem os obstáculos burocráticos que impedem a mobilidade das pessoas e travam o potencial de crescimento económico do continente. A livre circulação de pessoas e capitais é a chave para construir um futuro mais próspero e harmonioso para África.