Encerramento da bancada central de Kindu para reabilitação e tensões entre poder e oposição
A medida tomada pelo prefeito da cidade de Kindu, de fechar a arquibancada central da cidade para reabilitação, parece provocar fortes reações. Se o autarca justifica esta decisão pelo avançado estado de degradação do stand, algumas vozes levantam-se para denunciar um acto de censura política.
O movimento de cidadãos Filimbi, conhecido pelo seu compromisso com a democracia e a liberdade de expressão, acusa o governador interino, Afani Idrissa Mangala, de ter ordenado o encerramento da bancada central para impedir que os candidatos da oposição aí se reunissem. Segundo Filimbi, trata-se de uma manobra que visa restringir as liberdades políticas e favorecer o candidato em exercício.
O porta-voz do governador interino, Wickot Wakandwa John, refuta estas acusações e afirma que o encerramento do estande se deve ao seu estado de degradação avançada, agravado pela invasão da população durante uma reunião do Presidente Tshisekedi. Ele especifica que a decisão de realocar as atividades dos opositores é da competência do prefeito da cidade.
Esta polémica põe em evidência as tensões que prevalecem entre o poder em exercício e a oposição no período que antecede as eleições presidenciais e legislativas. A oposição acusa o governo de querer restringir as suas atividades e favorecer o seu próprio candidato, enquanto o governo nega qualquer envolvimento e apresenta razões técnicas.
Qualquer que seja a verdadeira razão do encerramento da bancada central de Kindu, este caso contribui para alimentar a desconfiança e o clima de desconfiança entre o poder e a oposição na República Democrática do Congo. Sublinha a importância de preservar espaços de debate e diálogo para permitir a verdadeira democracia e a livre expressão da diversidade de opiniões.