“A luta de uma viúva para recuperar a sua herança expõe a injustiça do sistema familiar”

O contencioso familiar ligado à herança de bens é, infelizmente, um tema recorrente na nossa sociedade. Um caso recente em Anambra, na Nigéria, destaca a difícil situação que as viúvas podem enfrentar quando se encontram em conflito com outros membros da família.

Numa conferência de imprensa realizada em Awka, a Sra. Onyinyechi Okonkwo partilhou a sua história comovente. Após a morte do marido em 2017, ela enfrentou a hostilidade dos cunhados, que invadiram suas terras e usaram os blocos de construção destinados à sua futura casa. Eles até a expulsaram de sua própria casa, pedindo-lhe que se casasse novamente para que só pudessem ter seus filhos de volta quando fossem adultos.

Atormentada, a Sra. Okonkwo tentou resolver a situação com a ajuda da aldeia de Umuodilogu, da localidade de Oraifite e da organização de viúvas da Fundação Sir Emeka Offor. Infelizmente, todas as tentativas de uma resolução amigável revelaram-se inúteis.

Confrontada com este impasse, a Sra. Ogechi Izuka, chefe da organização de viúvas, contactou a Federação Internacional de Mulheres Advogadas (FIDA) em Awka, mas a sua experiência é limitada em questões familiares. No entanto, emitiram uma intimação aos responsáveis ​​para informá-los das suas ações ilegais.

O presidente do clã Umuodilogu, Francis Okafor, também condenou veementemente as ações dos cunhados da Sra. Okonkwo. Ele ressaltou que apesar dos esforços para resolver a disputa dentro da família, a situação agravou-se quando Bonifácio e seus cúmplices recorreram à violência, chegando ao ponto de ameaçar de morte um membro do seu próprio clã. O caso foi levado à polícia e Bonifácio e seu irmão foram presos.

Confrontada com esta situação alarmante, a Sra. Okonkwo apela ao governo do Estado de Anambra e à generosidade do público para a ajudar a recuperar os bens do seu falecido marido e proteger os direitos das viúvas em situações semelhantes. Ela espera que esta intervenção sirva de lembrete a outras pessoas que possam sentir-se tentadas a atacar as viúvas impunemente.

Este triste caso realça a triste realidade que algumas viúvas enfrentam quando são privadas dos seus direitos à propriedade herdada. É crucial que os governos e as organizações combatam esta injustiça e garantam a protecção das viúvas vulneráveis ​​que enfrentam tais conflitos familiares. Respeitar os direitos de todos, mesmo após a morte de um ente querido, é essencial para uma sociedade justa e equitativa.

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