A ligação entre dívida e clima: como afeta os países em desenvolvimento e as soluções consideradas na COP28

Título: Como a dívida e o clima estão intimamente ligados? Revisão global lançada na COP28

Introdução :
A questão da dívida dos países em desenvolvimento e o seu impacto nos desafios das alterações climáticas tornou-se cada vez mais preocupante. É por esta razão que a Colômbia, a França e o Quénia lançaram oficialmente uma revisão global sobre a dívida, a natureza e o clima na COP28. O objectivo é explorar as reformas necessárias para garantir a sustentabilidade da dívida, abordando simultaneamente as necessidades urgentes relacionadas com o clima. Neste artigo, exploraremos como a dívida e o clima estão intimamente ligados e como isso afecta os países em desenvolvimento.

1. A dívida como obstáculo aos investimentos climáticos:
Alcançar a transição energética e a adaptação aos efeitos das alterações climáticas exigem investimentos significativos. No entanto, muitos países em desenvolvimento não dispõem de recursos financeiros para aceder a capital favorável e investir em medidas de resiliência climática. As margens orçamentais estão a diminuir, o que prejudica a sua capacidade de lidar com as crises climáticas. Esta situação é particularmente preocupante para os países africanos, com mais de 54 países numa situação alarmante.

2. Os danos relacionados com o clima reduzem as margens orçamentais:
Os danos causados ​​pelas alterações climáticas têm um impacto directo nas margens orçamentais dos países em desenvolvimento. Eventos climáticos extremos, como inundações, secas ou tempestades, causam destruição significativa de infra-estruturas financiadas por dívida. Os países devem então contrair mais empréstimos para reconstruir esta infra-estrutura, o que pesa sobre a sua dívida já existente. Por exemplo, o Quénia enfrentou recentemente inundações devastadoras que levaram à destruição de muitas pontes financiadas por dívida.

3. Taxas de juro insustentáveis ​​para os países em desenvolvimento:
Quando estão disponíveis fundos para financiar a reconstrução e as despesas climáticas, os países em desenvolvimento enfrentam frequentemente taxas de juro insustentáveis. O elevado custo do capital dificulta o desenvolvimento de energias renováveis ​​e outros projetos climáticos. O nível de risco percebido pelos credores torna os empréstimos aos países africanos particularmente caros. É, portanto, necessária uma mudança na arquitectura financeira global para permitir que os países em desenvolvimento tenham acesso ao financiamento em condições mais favoráveis.

Conclusão:
A análise global sobre a dívida, a natureza e o clima lançada na COP28 destaca a importância de encontrar soluções para garantir a sustentabilidade da dívida e, ao mesmo tempo, responder às necessidades urgentes das alterações climáticas. Os países em desenvolvimento enfrentam um duplo desafio: lidar com as consequências das alterações climáticas e, ao mesmo tempo, gerir uma dívida já significativa. São necessárias reformas financeiras e maiores investimentos em medidas de adaptação e resiliência para ajudar estes países a superar estes obstáculos e contribuir para a luta contra as alterações climáticas.

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