Título: Eleições na RDC: As exigências da oposição revelam uma estratégia de evasão
Introdução :
As eleições presidenciais realizadas na República Democrática do Congo provocaram fortes reacções no seio da oposição. As afirmações divergentes em relação aos resultados levantam questões sobre as reais intenções das partes interessadas. Neste artigo, analisaremos a situação à luz das palavras de Michel Bisa Kibul, cientista político e professor de ciência política na Universidade de Kinshasa, que sugere que estas diferenças poderiam ser uma estratégia para contornar o poder existente. Analisaremos também a necessidade de o Presidente Félix Tshisekedi iniciar consultas para dar credibilidade ao novo governo.
A estratégia de evasão da oposição:
Segundo Michel Bisa Kibul, a divergência de exigências no seio da oposição poderia ser uma estratégia destinada a cercar o regime em vigor. Ao já reivindicarem a vitória antes da publicação dos resultados pela Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), alguns membros da oposição procuram criar uma situação de incerteza para o governo em exercício. Esta táctica visa deslegitimar o poder existente e pôr em causa o processo eleitoral como um todo, enfatizando as possíveis irregularidades que têm sido denunciadas.
A necessidade de consultas para dar credibilidade ao poder:
Confrontado com as irregularidades levantadas pelas missões de oposição e de observação eleitoral, Michel Bisa Kibul sublinha que é crucial que o Presidente Félix Tshisekedi se envolva em consultas com todas as partes interessadas. Estas consultas ajudariam a restaurar a credibilidade e a legitimidade do governo, garantindo ao mesmo tempo a estabilidade das instituições. Ele acredita que uma redistribuição justa de responsabilidades dentro do Estado também ajudaria a aliviar as tensões e a prevenir tentativas de desestabilização do poder.
Conclusão:
A divergência de exigências no seio da oposição congolesa após as eleições presidenciais levanta questões sobre as verdadeiras intenções dos actores políticos. Segundo Michel Bisa Kibul, esta divergência poderá ser uma estratégia para contornar o poder em vigor, visando gerar incerteza e deslegitimar o processo eleitoral. Para restaurar a credibilidade e a legitimidade do governo, o Presidente Félix Tshisekedi deve realizar consultas com todas as partes interessadas. Estas consultas garantiriam a estabilidade institucional e evitariam tentativas de desestabilizar o poder. Resta agora acompanhar a evolução da situação política na República Democrática do Congo.