Inundações em Kinshasa: nível do rio Congo atinge recordes históricos
Num comunicado de imprensa publicado recentemente, a Régie des passages fluviales (RVF) soou o alarme sobre a “aumento excepcional” das águas do rio Congo e seus afluentes. Esta situação crítica ameaça não só as actividades económicas, mas também as populações que vivem perto da planície aluvial de Kinshasa. O director-geral adjunto da RVF, Divino Mulumba Kapinga, apela às autoridades e à população para que tomem medidas urgentes para fazer face a estas cheias.
Segundo as informações divulgadas, o nível do rio Congo está a atingir recordes históricos, aproximando-se do observado em 1961. Esta situação põe em perigo a vida dos moradores, expostos ao risco de afogamento e de doenças de veiculação hídrica. Bairros como Ndanu e Petro-Congo já estão submersos, enquanto a cidade de Bumba, na província de Mongala, enfrenta graves inundações desde o início do mês. As consequências são devastadoras, afectando tanto as habitações como as infra-estruturas administrativas.
Perante esta situação preocupante, o governo está a tomar medidas de emergência para ajudar as famílias afetadas por estas catástrofes naturais. Durante uma reunião presidida pelo Primeiro-Ministro, Samuel Lukonde, os ministros foram instruídos a tomar as medidas necessárias para prestar assistência e apoio às vítimas.
É também essencial reforçar as medidas de prevenção e gestão de catástrofes naturais na RDC. Isto exige um melhor planeamento urbano, o estabelecimento de sistemas de alerta precoce e a melhoria das infra-estruturas de drenagem para limitar os efeitos das inundações.
Este trágico episódio sublinha a importância de aumentar a sensibilização do público para os riscos associados às alterações climáticas e à urbanização descontrolada. É fundamental promover ações concretas que visem reduzir os efeitos das inundações e garantir a segurança dos moradores.
Em conclusão, as inundações em curso em Kinshasa e noutras regiões da RDC exigem uma mobilização geral e uma consciência colectiva. É imperativo que as autoridades, a população e as partes interessadas trabalhem em conjunto para lidar com esta situação de emergência e implementar ações sustentáveis para prevenir tais catástrofes no futuro.