Notícias recentes suscitaram fortes reacções após o alinhamento do movimento belicista “Alliance Fleuve Congo” com o grupo terrorista M23. Esta manifestação provocou a indignação do Coletivo de Vítimas da Agressão Ruandesa (CVAR), que condena veementemente esta decisão de Corneille Nangaa, ex-presidente da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI).
Num comunicado de imprensa publicado esta terça-feira, o CVAR denuncia a escolha de Nangaa em aliar-se a um movimento responsável pelo massacre de mais de 2.000 pessoas em menos de dois anos. Segundo o colectivo, esta aliança apenas crava pregos nas feridas da população do leste da República Democrática do Congo (RDC).
O CVAR lembra ainda que Nangaa deveria reconhecer a sua responsabilidade na violação da soberania do povo congolês durante as eleições de 2018, em vez de se juntar a um grupo responsável por tanto sofrimento e violência. O colectivo apela ao governo para que redobre os seus esforços para libertar as zonas ocupadas pelo M23 e pede à população congolesa que não se deixe manipular por este tipo de traição.
Ao mesmo tempo, o CVAR expressa o desejo de que o Tribunal Penal Internacional (TPI) emita um mandado de captura internacional contra Corneille Nangaa, a fim de responsabilizá-lo pelas suas ações.
Este caso levanta muitas questões e desperta preocupação sobre a situação de segurança no leste da RDC. É essencial que o governo tome medidas eficazes para pôr fim às actividades dos grupos armados e proteger a população.
É também importante sublinhar que esta situação realça a necessidade de uma verdadeira reconciliação nacional na RDC, a fim de superar as divisões e conflitos internos que estão a minar a estabilidade do país.
Em conclusão, a decisão de Corneille Nangaa de se aliar ao movimento M23 é fortemente condenada pelo CVAR. Esta aliança com um grupo responsável por graves violações dos direitos humanos só piora a situação já precária no leste da RDC. É essencial que o governo tome medidas adequadas para pôr fim à actividade dos grupos armados e proteger a população congolesa. A reconciliação nacional continua a ser essencial para garantir a estabilidade e o desenvolvimento da RDC.