A sede local do partido político, a União para a Democracia e o Progresso Social (UDPS), foi alvo de um ataque destrutivo em Kashobwe, no território de Kasenga, província de Haut-Katanga. Indivíduos não identificados vandalizaram as instalações, provocando a indignação da Associação Congolesa para o Acesso à Justiça (ACAJ).
Num comunicado de imprensa, a ACAJ condena veementemente este acto de intolerância política que visa minar o pluralismo democrático e a unidade entre diferentes grupos étnicos. A organização manifesta a sua profunda preocupação com a recorrência destes incidentes, que considera como uma estratégia que visa destruir os escritórios dos partidos políticos adversários durante os desentendimentos.
Fazendo eco de um ataque semelhante ocorrido durante a publicação dos resultados provisórios das eleições presidenciais na província de Kasai-Oriental, a ACAJ apela ao governo para que tome medidas urgentes para pôr fim a estes actos e evitar a sua repetição no país. Insta também as autoridades a procurarem, prenderem e levarem à justiça os alegados autores e patrocinadores destes actos de vandalismo.
Esta situação evidencia mais uma vez a fragilidade da democracia e da segurança política na República Democrática do Congo. A violência política e os ataques aos partidos políticos são grandes obstáculos à construção de uma sociedade pacífica e próspera.
É imperativo que todas as partes interessadas, incluindo grupos governamentais e políticos, se comprometam a proteger o pluralismo democrático, a promover o respeito pelos direitos humanos e a incentivar o diálogo pacífico para resolver diferenças políticas.
A consecução destes objectivos exigirá esforços concertados de todos os intervenientes políticos e da sociedade civil. Só um desejo comum de construir um futuro melhor para todos os congoleses tornará possível superar estes desafios e estabelecer uma democracia duradoura.
A ACAJ continuará a acompanhar de perto estes acontecimentos e a defender os direitos humanos e a justiça na República Democrática do Congo. Ela apela a todos os congoleses para que se unam para promover a paz, a estabilidade e o respeito mútuo, a fim de construir um futuro de prosperidade e democracia para todos.