“Fraude eleitoral na RDC: Levantadas as imunidades do governador de Kinshasa, um grande passo em frente na luta contra a corrupção”

O gabinete da assembleia provincial de Kinshasa tomou uma importante decisão esta terça-feira, 9 de janeiro. Na verdade, quatro em cada cinco membros levantaram as imunidades do governador da capital, Gentiny Ngobila, a pedido do Ministério Público no Tribunal de Cassação. Esta decisão permite ao Tribunal de Cassação processar o governador por fraude, violência e enchimento de votos durante as últimas eleições.

Na sequência do cancelamento dos seus votos por estes actos de fraude eleitoral, Gentiny Ngobila foi condenado a apresentar a sua demissão no prazo de 24 horas e a colocar-se à disposição da justiça. O Procurador-Geral do Tribunal de Cassação também proibiu todos os 82 candidatos invalidados de deixar o país.

Esta decisão da Assembleia Provincial permite assim prosseguir a acção contra os autores da fraude eleitoral e do vandalismo de kits eleitorais ocorridos durante as eleições de 20 de Dezembro de 2023. A Procuradoria-Geral do Tribunal de Cassação iniciou uma acção pública acção contra estes actos de corrupção, fraude e posse ilegal de materiais eleitorais.

Para implementar este procedimento, foram enviadas duas correspondências. O primeiro à Direção Geral de Migrações (DGM), a fim de proibir a saída do território nacional congolês a todas as pessoas afetadas pela decisão do CENI. A segunda carta foi enviada à Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), solicitando-lhe a transmissão de todos os documentos que levaram à anulação dos votos dos candidatos.

Esta decisão da assembleia provincial de Kinshasa marca um avanço significativo na luta contra a fraude eleitoral e a corrupção na RDC. Mostra o desejo de estabelecer um sistema de justiça independente e de garantir eleições livres e transparentes.

Espera-se agora que Gentiny Ngobila apresente a sua demissão e se coloque à disposição dos tribunais para que este caso possa ser devidamente julgado e os responsáveis ​​por estes actos condenáveis ​​sejam responsabilizados pelos seus actos.

Esta decisão reforça a confiança do povo congolês nas suas instituições e demonstra a determinação em combater a corrupção e defender os valores democráticos.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *