O surgimento do termo “Afrobeats” na década de 2000 marcou uma grande virada na história da música da África Ocidental. Embora a origem exacta deste termo permaneça obscura, parece ter surgido da influência de Fela Kuti e do seu Afrobeat da década de 1970. Este último misturou jazz, funk e música highlife da África Ocidental, estabelecendo assim as bases de um som inovador e poderoso.
Ao longo dos anos, a cena musical nigeriana sofreu uma grande evolução, passando por géneros como o Afro-Hip Hop e o Afropop, antes de convergir para a criação do género Afrobeats. Este último surgiu como uma ponte entre a música pop ocidental e os ritmos percussivos e as línguas locais da Nigéria e de Gana.
A ascensão dos Afrobeats foi um verdadeiro fenómeno, impulsionando a música da África Ocidental para os palcos internacionais e abrindo as portas para as paradas britânicas e americanas. Este movimento também contribuiu para a criação de categorias de prémios específicas para a música africana em eventos como os EMA, os Grammy e os American Music Awards.
Mas para além da música, o Afrobeats tornou-se um verdadeiro movimento cultural que transcende fronteiras e géneros musicais. Para artistas como Davido, Afrobeats não se limita a um género musical, mas sim a um selo que destaca as raízes africanas dos artistas e os elementos culturais presentes na sua música.
Assim, Afrobeats representa muito mais que um simples nome musical. É o reflexo de uma identidade cultural rica e vibrante, transportada por uma nova geração de artistas africanos que desafiam as convenções e se estabelecem na cena internacional. À medida que este movimento continua a crescer em notoriedade e influência, não há como negar que os Afrobeats vieram para ficar, impulsionando a música africana a novos patamares de sucesso e reconhecimento global.