O Presidente Bola Tinubu da Nigéria deu recentemente um passo ousado ao instituir um congelamento de três meses nas viagens ao estrangeiro de ministros e outros funcionários do governo, com efeitos a partir de 1 de Abril. Esta medida visa conter os gastos públicos ligados às viagens internacionais.
A medida surge na sequência das preocupações expressas pelo Presidente Tinubu sobre os crescentes custos associados a tais viagens de funcionários públicos. O seu chefe de gabinete sublinhou a necessidade desta medida face ao aumento das despesas de viagem incorridas pelo governo.
Foram feitas críticas ao Presidente Tinubu e à sua administração pelas suas frequentes viagens internacionais. Nomeadamente, o financiamento de mais de 400 pessoas para participarem na conferência climática COP28, no Dubai, em Novembro passado, suscitou reacções, especialmente nas plataformas das redes sociais.
Desde que assumiu o cargo, em maio de 2023, o Presidente Tinubu realizou mais de 15 viagens ao estrangeiro. Os relatórios indicam que os seus gastos com viagens, tanto nacionais como internacionais, excederam os montantes orçamentados, atingindo 3,4 mil milhões de nairas (2,2 milhões de dólares; 1,8 milhões de libras) durante a primeira metade do seu mandato.
Confrontada com os desafios económicos prementes da Nigéria e a necessidade de uma gestão fiscal prudente, a administração do Presidente Tinubu considera este congelamento das viagens como uma medida necessária. O país enfrenta graves crises de custo de vida, exacerbando as dificuldades generalizadas e o descontentamento público.
Esta proibição temporária de viagens oficiais destaca o compromisso do Presidente Tinubu em responder às preocupações da população. As medidas anteriores incluíram uma redução significativa no tamanho das delegações oficiais itinerantes, incluindo a sua própria, anunciada em Janeiro.
Ao abrigo da proibição iminente, os funcionários do governo só serão autorizados a viajar para o estrangeiro se for considerado essencial, sujeito à aprovação do Presidente Tinubu com pelo menos duas semanas de antecedência. O objetivo é garantir que os gestores priorizem as suas tarefas essenciais para uma prestação eficaz de serviços.
No entanto, apesar de regulamentos mais rigorosos sobre viagens oficiais, o Presidente Tinubu não indicou se irá reduzir as suas próprias viagens. A sua administração já defendeu anteriormente os seus compromissos internacionais como cruciais para enfrentar os desafios económicos e promover os interesses nacionais.