O acordo de parceria para a nova economia climática assinado entre membros do governo congolês e doadores durante a COP 28 no Dubai levanta sérias questões. As organizações da sociedade civil apelaram à transparência na utilização dos fundos atribuídos, estimados em 62 milhões de dólares. Estes fundos visam apoiar a conservação de áreas-chave para a biodiversidade na RDC.
Uma das grandes preocupações dos activistas ambientais diz respeito à potencial contradição entre a protecção das áreas naturais e a exploração petrolífera planeada nessas mesmas regiões. Com efeito, os blocos petrolíferos estão localizados em áreas de elevada importância biológica, pondo em perigo o equilíbrio ambiental.
A falta de transparência relativamente às cláusulas específicas deste acordo levanta preocupações sobre o verdadeiro alcance das ações a implementar. Além disso, a venda proposta de blocos de petróleo e gás continua a alimentar debates sobre o futuro dos frágeis ecossistemas da RDC.
Os apelos a uma gestão mais ética dos fundos atribuídos, tendo em conta os interesses das comunidades locais e indígenas dependentes dos recursos naturais, estão a aumentar. Torna-se imperativo que o governo esclareça a sua política ambiental e as suas ações futuras para garantir um desenvolvimento sustentável que atenda às necessidades das populações locais.
A importância de proteger estas áreas-chave para a biodiversidade e de preservar o equilíbrio ecológico não pode ser ignorada em benefício dos interesses económicos de curto prazo. As actuais questões climáticas e ambientais exigem medidas fortes e coerentes para garantir um futuro sustentável para a RDC e os seus habitantes.