O grupo petrolífero francês TotalEnergies celebra o seu centenário em 2024, marcando uma história intimamente ligada a África. Com presença em 36 países do continente, empregando mais de 10.000 pessoas e gerando 20% da sua produção, a TotalEnergies construiu relações estratégicas com muitos governos africanos que desejam explorar os seus recursos energéticos.
A presença da TotalEnergies em África deu uma grande guinada em 2000 com a aquisição da Elf, fortalecendo a sua posição em países-chave como Angola e Nigéria, enquanto se expandia em regiões como Gabão, Congo, Uganda e Moçambique. Apesar desta expansão, a TotalEnergies está hoje a diversificar as suas atividades, reorientando os seus investimentos para as energias renováveis.
Esta transição é acompanhada por investimentos crescentes nas energias solar, eólica e de gás, uma estratégia incentivada pelos Estados africanos, mas criticada por alguns intervenientes da sociedade civil e da investigação. As recentes controvérsias em torno dos projectos de extracção no Uganda e em Moçambique destacam as tensões ligadas à transição energética e às metas de redução das emissões de gases com efeito de estufa.
Perante a emergência climática, o desafio da TotalEnergies e de outros intervenientes no setor energético é conciliar a rentabilidade económica com a necessidade de reduzir drasticamente a utilização de combustíveis fósseis. A transição para um modelo energético mais sustentável exigirá escolhas corajosas e uma maior colaboração entre empresas, governos e sociedade civil para enfrentar o desafio climático que se coloca no horizonte.
Ao celebrar o seu passado enquanto olha para o futuro, a TotalEnergies incorpora os desafios e oportunidades de uma indústria em rápida mudança, onde a inovação e a responsabilidade ambiental estão no centro das questões.