A transição energética das ilhas gregas: um modelo a seguir para um futuro mais verde e autónomo
As ilhas gregas, jóias do Mediterrâneo, enfrentam desafios energéticos únicos. Dependentes de combustíveis fósseis importados, estas ilhas estão há muito isoladas do movimento global em direcção à sustentabilidade energética. No entanto, através de iniciativas ousadas e inovadoras, algumas delas, como Chalki e Tilos, abriram caminho para uma transformação energética bem-sucedida.
Chalki, com suas casas pitorescas e águas cristalinas, tornou-se um símbolo de mudança. Selecionada para ser a primeira ilha do programa GR-eco ilhas, Chalki optou pela transição energética. Em 2021, assistiu-se à instalação de uma central fotovoltaica que fornece mais energia do que as necessidades anuais da ilha. Um sucesso aclamado pelos moradores, que viram a sua conta de luz reduzida em três.
Por seu lado, a ilha de Tilos optou por uma abordagem híbrida, combinando energia eólica e solar. Graças aos fundos europeus e a um sistema inteligente de gestão de energia, Tilos tornou-se autossuficiente. Turbinas eólicas e painéis solares complementam-se para garantir energia contínua, reforçada pelo armazenamento em baterias de última geração.
Estes sucessos inspiraram outras ilhas gregas a seguir o mesmo caminho. Astypalea e Poros já tomaram medidas semelhantes para reduzir a sua pegada de carbono e aumentar a sua autonomia energética. Estas soluções locais não beneficiam apenas o ambiente, mas também as economias locais, que vêem os custos de energia diminuir e as receitas aumentarem.
A transição energética das ilhas gregas é um exemplo concreto do que pode ser conseguido quando a vontade política, a inovação tecnológica e o envolvimento dos cidadãos se unem. Estas iniciativas demonstram que os desafios energéticos podem ser transformados em oportunidades, abrindo caminho para um futuro mais verde, mais sustentável e mais autossuficiente para todas as comunidades insulares.