No passado dia quinta-feira, a administração Biden finalizou as novas regras destinadas a reduzir as emissões das centrais elétricas, tornando-se uma das iniciativas mais proeminentes em termos de ações ambientais e climáticas até ao momento. Estas regras, implementadas pela Agência de Proteção Ambiental (EPA), estabelecem que as centrais elétricas movidas a carvão e gás natural devem reduzir ou capturar 90% das suas emissões de gases de efeito estufa até 2032. Espera-se que estas medidas conduzam a uma diminuição de 75% nas emissões de dióxido de carbono do setor, em comparação com o pico de 2005.
Além disso, as regras também introduzem normas mais rigorosas para o mercúrio, uma substância neurotóxica emitida pelas chaminés das centrais elétricas, e exigem uma gestão mais eficiente das águas residuais tóxicas e cinzas de carvão, subprodutos da geração de eletricidade.
O administrador da EPA, Michael S. Regan, realçou a importância destas medidas para o futuro do setor energético, salientando a urgência de proteger o meio ambiente e a saúde pública. Estas ações fazem parte de uma série de regulamentações recentemente adotadas pelo Presidente Biden para reforçar a sua política climática antes das próximas eleições em 2024.
Estas novas regras prometem uma significativa redução nas emissões de gases com efeito de estufa, com a expectativa de evitar a libertação de quase 1,4 mil milhões de toneladas de poluentes na atmosfera até 2047, o equivalente a retirar 330 milhões de carros a gasolina das estradas por um ano inteiro.
Embora as empresas do setor energético tenham reagido de forma diversa a estas normas, algumas questionando a sua legalidade e viabilidade, até se está a considerar lançar processos judiciais para contestar essas medidas.
O Presidente Biden tem colocado a luta contra as alterações climáticas como uma prioridade durante o seu mandato, nomeadamente com a aprovação da Lei de Redução da Inflação em 2022, o maior investimento climático na história dos EUA. Neste contexto, as regras da EPA reforçam o compromisso dos EUA em impor restrições às empresas do setor energético.
A diversidade de opções oferecidas aos produtores de eletricidade para cumprir as novas normas demonstra uma abordagem flexível, incentivando simultaneamente a inovação e a transição para fontes de energia mais limpas.
Em última análise, estas regras representam um passo crucial para uma significativa redução das emissões de gases com efeito de estufa no setor energético, promovendo ao mesmo tempo a transição para uma eletricidade mais amiga do ambiente. Esta iniciativa marca um avanço nos esforços dos Estados Unidos para combater as alterações climáticas e preservar o planeta para as gerações futuras.