No Hospital Nightingale, em Kisumu, pacientes com malária aguardam tratamento, enfrentando desafios de acesso devido à escassez de medicamentos nos hospitais públicos e aos altos custos dos cuidados em instalações privadas.
Wilson Otieno, contador e pai, foi hospitalizado várias vezes por malária em Kisumu, onde destaca os altos custos do tratamento, levando muitos pacientes a optarem por cuidados privados mais rápidos, porém menos acessíveis.
Lenser Pauline, que acompanha sua filha para o tratamento da malária, também enfrenta o peso financeiro dos custos de tratamento e transporte, especialmente por virem de áreas distantes do hospital.
O médico Oswal Omondi expressa frustração com a falta de medicamentos e seus altos custos, impedindo muitos pacientes de obterem os tratamentos prescritos.
Humphrey Kizito Otieno, do Instituto de Investigação Médica do Quênia (KEMRI), narra a perda de familiares para a malária, atribuída em parte a crenças culturais que atrasam a busca por tratamentos convencionais.
Apesar dos desafios, há avanços na produção local de medicamentos essenciais, como a aprovação da Universal Corporation Limited para fabricar um medicamento anti-malária crucial.
Michael Mungoma, da Universidade Mount Kenya, destaca a urgência de investimento na produção local de medicamentos para doenças prevalentes em países de baixo e médio rendimento, reduzindo a dependência de importações.
Esses esforços são cruciais para garantir acesso contínuo a tratamentos de qualidade em regiões vulneráveis, como África, onde a malária permanece uma ameaça de saúde pública desafiadora.
Apesar dos progressos, a malária persiste como um desafio, com o Quênia comprometido em celebrar o Dia Mundial da Malária em 25 de abril, renovando seu compromisso em combater eficazmente essa doença devastadora.