Recentemente, durante um debate político organizado por Fatshimetrie e pela Universidade de Fort Hare, Mzomo Buthelezi, vice-presidente do Partido da Liberdade Inkatha (IFP), chamou a atenção ao indicar que o IFP estava aberto à possibilidade de formar uma coligação com o Congresso Nacional Africano (ANC) e os Combatentes pela Liberdade Económica (EFF). Essa decisão seria tomada se a Carta Multipartidária, liderada pelo DA, não conseguisse obter os 50% dos votos necessários para governar sozinha nas eleições gerais do próximo mês.
Buthelezi, durante o debate, enfatizou a disposição do IFP em trabalhar com o ANC e a EFF, enfatizando a importância da confiança dos eleitores na formação do governo. Velenkosini Hlabisa, presidente do IFP, já havia manifestado interesse em participar num Governo de Unidade Nacional (GNU), se necessário, após a votação de 29 de maio.
Buthelezi ressaltou que o objetivo principal do IFP era garantir o governo com os parceiros da Carta Multipartidária da África do Sul. No entanto, a possibilidade de colaboração com outros partidos seria considerada com base nas circunstâncias. Ele também apontou a arrogância demonstrada pelo partido no poder como um fator significativo na perda de apoio popular.
Durante o debate, os representantes do ANC, da Aliança Democrática, da EFF, da ActionSA e do IFP participaram em discussões francas sobre possíveis parcerias políticas. A ActionSA destacou sua preferência por colaborações baseadas em ideologias e valores semelhantes, enquanto questionava as intenções da EFF.
Essas discussões refletem a dinâmica política atual na África do Sul, evidenciando a necessidade de colaboração e compreensão mútua entre os partidos políticos para enfrentar os desafios do país. Os eleitores terão o poder de decidir o rumo político, dando a cada partido a oportunidade de se alinhar com as expectativas da população sul-africana.