O custo de vida na Argélia está se tornando cada vez mais alto, tornando inúmeros produtos inacessíveis para a maioria dos cidadãos, à medida que a inflação atinge 9,53%. No mercado Reda Houhou, no centro de Argel, os preços são exorbitantes, deixando os clientes lutando para lidar com o aumento dos preços, especialmente durante o mês do Ramadã.
Apesar da recuperação econômica observada na Argélia nos últimos três anos, os efeitos dos anos de austeridade ainda pesam sobre os cidadãos argelinos. Mustapha Bali, um funcionário público, expressou sua preocupação, dizendo: “A vida está muito cara, os nossos salários não cobrem as nossas necessidades. Tomates a 120 ou 140 dinares o quilo, carne a 2.600 dinares o quilo, é demais.”
Diante da escassez de produtos e dos preços elevados, o vendedor de carne Ahmed Laaloufi foi obrigado a importar toda a mercadoria que vende. Ele explicou: “A carne está disponível em quantidade suficiente, temos produtos importados da Espanha a preços como 1350 dinares o quilo. Este ano, graças a Deus, a carne está disponível em quantidade.”
Para ajudar a aliviar a situação, o governo argelino subsidiou um mercado em Argel onde os produtos são acessíveis e, acima de tudo, disponíveis. Sofiane Ameri, um cliente satisfeito, comentou: “Os preços aqui são mais baixos do que nos mercados tradicionais, cerca de 20% menor, o que é uma ajuda significativa.”
A inflação afetou não apenas os produtos agrícolas, como a sêmola (trigo), mas também todos os bens manufaturados, resultando em aumentos de preços em toda a economia. Nabil Djemaa, analista econômico, ressaltou que “quando a inflação aumenta, os preços dos produtos também sobem automaticamente”.
Essa realidade econômica continua a desafiar os cidadãos argelinos, que enfrentam diariamente a luta para equilibrar seus orçamentos em meio a preços crescentes e salários que não acompanham o ritmo da inflação.