As raízes históricas e culturais dos Yorubás são profundas e fascinantes. Esta etnia, uma das mais conhecidas do mundo, está presente tanto na África como em vários países do Caribe. Antes do termo “iorubá” ser amplamente utilizado, essas pessoas eram conhecidas por outros nomes dependendo dos locais onde se encontravam. No Brasil eram chamados de “Nago”, em Cuba “Lucumi”, e em outros territórios espanhóis e franceses tinham outros nomes. Na Serra Leoa eram chamados de “Aku”, enquanto em português “Terranova” era o termo usado para designar os escravos iorubás do oeste da região do Benin.
A origem do nome “iorubá” permanece sujeita a debate. Originalmente, este termo teria sido atribuído aos povos do Reino de Oyo pelos grupos étnicos Fulani ou Hausa, e significava “astúcia”. Interessante notar que “Yarabawa” é a forma plural de “Yoruba”, sendo o singular “Bayarabe”. Alguns estudiosos limitam o uso do termo “iorubá” apenas aos habitantes do Reino de Oyo, enquanto “Yarabawa” ou “Yariba” era usado por muçulmanos e falantes de árabe muito antes da ascensão do Império de Oyo. Esta denominação reunia um grupo de pessoas e não uma entidade política específica. Diversas fontes literárias e textos históricos indicam que os iorubás já eram identificados com este nome já no século XVI.
A riqueza da sua história e cultura reflete-se na diversidade de nomes atribuídos aos iorubás ao longo dos séculos e nas diferentes regiões do mundo onde se estabeleceram. Essa capacidade de se adaptar e se reinventar mantendo sua identidade é uma das características que fazem dos Yorubás um povo único e marcante. A sua história é um testemunho vivo da resiliência e da força das comunidades africanas face aos desafios e convulsões da história.
Para mais informações sobre a origem do nome “iorubá”, você pode conferir o seguinte link: Origem do nome Yorubá.