No agitado cenário político do Chade, a disputa eleitoral já está em pleno vapor, com cartazes eleitorais e outdoors dominando as ruas da capital Ndjamena. Os líderes Mahamat Idriss Deby e Succes Masra já estão anunciando suas candidaturas para as eleições presidenciais marcadas para 6 de maio, mesmo antes do início oficial da campanha em 14 de abril.
Essa pré-campanha antecipada gerou críticas dos candidatos da oposição, que denunciaram um claro desequilíbrio na competição. Nasra Djimasrgar e Albert Pahami expressaram insatisfação com o favorecimento dado a Deby e Masra, permitindo-lhes mais tempo de campanha do que o previsto no código eleitoral, o que evidencia uma evidente desigualdade.
Além disso, a incapacidade da Comissão Eleitoral Nacional Independente em identificar os responsáveis por essa violação do código eleitoral colocou em xeque a neutralidade e autoridade do órgão eleitoral. A intervenção da autoridade eleitoral solicitando a interrupção imediata das campanhas precoces de Deby e Masra levantou dúvidas sobre a capacidade do governo em garantir eleições justas, considerando o histórico do país nessa área.
Nesse contexto de competição política acirrada, é fundamental que as autoridades eleitorais assegurem o cumprimento das regras democráticas para preservar a integridade do processo eleitoral. As críticas e controvérsias em torno das eleições presidenciais no Chade destacam a necessidade de transparência e respeito pelos princípios democráticos para garantir a legitimidade do pleito.