“Os desafios e oportunidades do setor do ananás na Costa do Marfim: rumo à transformação sustentável”

O sector do ananás na Costa do Marfim enfrenta uma série de desafios que dificultam a sua prosperidade, com implicações significativas para produtores e exportadores. Com efeito, segundo dados da FAO, as exportações de ananás caíram 27% em 2023 em comparação com o ano anterior, atingindo um total de 23.000 toneladas. Este declínio significativo destaca as dificuldades que esta indústria enfrenta.

Os problemas enfrentados pelo sector do ananás na Costa do Marfim são multifactoriais. Em primeiro lugar, a redução da precipitação tem impacto direto nas áreas de produção, reduzindo a disponibilidade de água necessária ao cultivo do abacaxi. Além disso, desafios estruturais como a falta de financiamento, o acesso limitado a sementes certificadas e o aumento dos preços dos factores de produção agrícolas contribuem para o declínio da produtividade.

Além disso, os produtores enfrentam desafios fundiários, com dificuldades crescentes na aquisição de terras e no cultivo de áreas suficientes. Os custos de arrendamento de terras aumentaram consideravelmente, impactando diretamente a rentabilidade das explorações agrícolas. Confrontados com estes obstáculos, alguns produtores estão a recorrer a práticas agrícolas alternativas, como a agricultura biológica, para satisfazer a crescente procura no mercado de exportação.

Para superar estas dificuldades, é essencial que as partes interessadas do sector do ananás na Costa do Marfim colaborem para encontrar soluções sustentáveis. Isto poderia envolver o fortalecimento de parcerias público-privadas, investimentos em investigação e desenvolvimento, bem como a promoção de práticas agrícolas respeitadoras do ambiente. Ao trabalharem em conjunto, as partes interessadas deste sector serão capazes de enfrentar os desafios actuais e garantir um futuro mais promissor para a indústria do ananás na Costa do Marfim.

Em conclusão, é crucial tomar medidas urgentes para apoiar o sector do ananás na Costa do Marfim, com vista a preservar a competitividade e a sustentabilidade deste sector chave da economia nacional.

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