“República Democrática do Congo: CAMI fortalece a transparência e a governação mineira para impulsionar o setor”

No contexto da reforma do sector mineiro na República Democrática do Congo, a nova equipa do cadastro mineiro (CAMI) relatou recentemente o seu progresso significativo. Desde que tomou posse em agosto de 2023, o CAMI conseguiu recuperar cerca de 10.000 km² de concessões mineiras infratoras, ou mais de 1.000 títulos mineiros que não cumprem as regras estabelecidas. Esta acção, implementada no interesse da transparência e da boa governação, visa oferecer mais oportunidades às empresas mineiras e aos investidores.

Popol Mabolia Yenga, Director Geral do CAMI, sublinhou em conferência de imprensa a necessidade de cumprir os requisitos legais relativos aos royalties mineiros. Na verdade, apenas cerca de dez empresas dos 3.050 títulos listados pagaram os montantes exigidos, o que levanta problemas consideráveis ​​em termos de receitas para o Estado. Tendo isto em mente, o CAMI tomou medidas drásticas ao condicionar a concessão de certificados mineiros ao pagamento integral de royalties.

Além disso, o CEO do CAMI destacou a questão dos custos de aquisição de direitos mineiros, considerados irrisórios face ao valor dos recursos do país. Propôs, portanto, uma reavaliação ascendente dos montantes, a fim de reflectir de forma mais justa as riquezas do subsolo congolês. Esta abordagem visa garantir uma melhor contribuição dos intervenientes mineiros para a economia nacional.

Ao promover o diálogo constante com os vários intervenientes do setor mineiro, o CAMI insere-se numa dinâmica de melhoria contínua. Numa altura em que a RDC pretende reforçar a sua governação mineira e maximizar as suas receitas, o papel essencial do cadastro mineiro parece ser uma alavanca importante para garantir a exploração responsável e sustentável dos recursos naturais do país.

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