No emocionante mundo dos guias turísticos que atuam no coração das áreas protegidas, um personagem se destaca pela determinação e pelo compromisso com a preservação do meio ambiente. Gédéon Bakeratshi, defensor da natureza radicado em Goma, na província de Kivu do Norte, defendeu recentemente a revalorização da profissão de guia turístico.
Anteriormente considerada um importante sector criador de emprego na região, a profissão de guia turístico vive actualmente um discreto declínio, agravado pelo contexto de guerra que abala a RDC e, em particular, a província do Kivu do Norte. Para Gédéon Bakeratshi, é imperativo restaurar a nobreza desta profissão para reanimar a actividade turística, condição sine qua non para o desenvolvimento económico da região.
Os guias turísticos não só acompanham os visitantes na descoberta dos sítios naturais, como também desempenham um papel essencial na explicação da importância e do valor dos locais visitados. Infelizmente, em áreas como o Parque Nacional de Virunga, as actividades turísticas estão actualmente paralisadas devido à insegurança contínua ligada aos conflitos armados e aos grupos rebeldes que assolam a região.
As consequências desta situação são prejudiciais para os guias turísticos, cujo dia a dia é fortemente impactado. Na ausência de turistas, a sua actividade profissional é suspensa, privando-os assim de rendimentos substanciais e estáveis. É um círculo vicioso que precisa ser quebrado urgentemente, trabalhando para resolver conflitos e garantindo a segurança dos visitantes destas áreas protegidas.
Perante estes desafios, Gédéon Bakeratshi apela a uma revalorização da profissão de guia turístico, destacando a importância do seu papel na preservação da natureza e na sensibilização dos visitantes para a importância da biodiversidade. É tempo de as autoridades e os intervenientes do sector reconhecerem plenamente o trabalho e o empenho dos guias turísticos, verdadeiros embaixadores da riqueza natural e cultural da sua região.