### June Green: Um mês de conscientização para o câncer do colo do útero na RDC
A cada ano, junho se dedica à conscientização sobre o câncer do colo do útero em muitos países, incluindo a República Democrática do Congo (RDC), onde os problemas de saúde pública são frequentemente complexos. Em Lubumbashi, capital da província de Haut-Katanga, profissionais de saúde, incluindo ginecologistas, intensificam seus esforços para mobilizar meninas e mulheres para serem testadas. O objetivo é claro: impedir essa doença que continua sendo uma das principais causas de morte entre a população feminina quando diagnosticada tardio.
Em uma entrevista à Radio Okapi, o Dr. Justin Kujirabwinja, representante do Centro Nacional de Câncer, enfatizou a importância crucial da prevenção. A conscientização sobre dois eixos fundamentais – a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) e a triagem regular – faz parte de um plano maior destinado a reduzir a incidência dessa patologia. Na RDC, o câncer do colo do útero representa um grande desafio devido a vários fatores, variando de infraestrutura de saúde limitada a acesso insuficiente às informações sobre saúde reprodutiva.
Vacinação ####: uma ferramenta essencial
O Dr. Kujirabwinja destacou a vacinação de jovens, meninos e meninas, como a primeira linha de defesa. Essa abordagem é baseada no entendimento de que o HPV é um dos principais responsáveis pelos cânceres cervicais, e que os meninos vacinam ajuda a proteger as meninas indiretamente. Essa abordagem levanta questões sobre educação em saúde e igualdade de gênero: como os programas de vacinação podem ser melhor ancorados na cultura local para obter a máxima aceitação?
O grupo -alvo, jovens de 11 a 19 anos, parece estratégico, mas é suficientemente informado dos benefícios dessa vacinação? A conscientização deve ir além das clínicas e se estender a campanhas educacionais em escolas e comunidades?
### triagem: uma necessidade essencial
A segunda prioridade, triagem, diz respeito a mulheres de 25 a 60 anos, uma faixa etária frequentemente negligenciada nas discussões sobre saúde reprodutiva. Incentivar a triagem voluntária requer um ambiente em que as mulheres se sintam seguras e apoiadas. Como fazer essas mulheres irem além de sua relutância, geralmente ancoradas em tabus ou crenças culturais?
A triagem precoce deve ser acompanhada de um sistema para se encarregar dos casos detectados, para que as mulheres possam se beneficiar dos cuidados apropriados sem serem estigmatizados. Esses desafios logísticos e sociais devem ser discutidos com cuidado, pois são essenciais para garantir que os esforços de prevenção estejam dando frutas.
#### Um problema de saúde pública
O câncer de faculdade não é apenas um problema individual, mas uma questão de saúde pública que afeta toda a sociedade. As mortes relacionadas a esta doença representam perdas inestimáveis para famílias e comunidades, privando -as de mulheres geralmente responsáveis pela coesão familiar e econômica. A luta contra essa doença, portanto, requer um compromisso comum que vai além dos atores de saúde.
A RDC, como outros países, enfrenta desafios consideráveis em saúde pública, mas é essencial se concentrar nas soluções. O trabalho dos profissionais de saúde deve ser apoiado por políticas públicas adaptadas, incluindo treinamento, financiamento e acesso aos recursos necessários para uma prevenção eficaz.
### Conclusão
O mês de junho, proclamou “June Green” na RDC, nos lembra a importância da luta contra o câncer do colo do útero. O compromisso dos médicos, como o Dr. Kujirabwinja, bem como as campanhas de conscientização, são passos na direção certa. No entanto, é imperativo trabalhar em dimensões sociaturais e educacionais para a prevenção e a triagem para se tornarem práticas comuns e aceitas. Nesta luta pela saúde das mulheres, cada iniciativa conta, mas seu sucesso dependerá da capacidade coletiva de construir um futuro em que a saúde reprodutiva não seja apenas um direito, mas também uma realidade acessível para todos.