** Costa do Marfim: em direção a uma eleição pacífica? Uma reflexão sobre a reunião da coalizão para a alternância do Pacífico **
Em 31 de maio de 2025, a Ficgayo Square, em Yopougon, foi palco de uma reunião de marcação para a coalizão para a alternância do Pacífico na Costa do Marfim (CAP-CI), onde vários milhares de apoiadores se reuniram para ouvir os discursos dos líderes da oposição. Este evento faz parte de um contexto político tenso a alguns meses das eleições presidenciais planejadas para 2025. As mensagens foram aprovadas pelos líderes da oposição testemunham um desejo claro de diálogo e apaziguamento, enquanto levanta perguntas sobre as questões e as dificuldades que persistem.
Os líderes do cap-CI, incluindo a figura emblemática de Tidjane Thiam, ex-chefe do Crédit Suisse, expressaram um forte apelo pela revisão da lista eleitoral, bem como um diálogo político com o poder em vigor. Thiam, embora fisicamente ausente do país, conseguiu mobilizar seus apoiadores através da intervenção ao vivo de Paris, destacando seu compromisso e seu papel crucial na oposição. Sua sentença impressionante: “As marfinais não são idiotas!” Ressoa como um apelo à dignidade e reconhecimento do direito à expressão política.
A questão da radiação de Tidjane Thiam da lista eleitoral por justiça em abril passado é de enorme importância neste debate. Várias personalidades, como Simone Ehivet, chamou o presidente Alassane Ouattara para considerar uma lei de anistia para reintegrar os líderes irradiados. Essa discrepância entre as aspirações da oposição e as decisões judiciais levanta questões sobre os mecanismos da democracia na Costa do Marfim. A exclusão potencial de certos líderes da cena política pode realmente levar a uma eleição pacífica? Ou ele reforça as tensões pelo contrário?
É relevante lembrar que a Costa do Marfim tem um passado eleitoral tumultuado, marcado por violência e conflitos políticos. As notícias recentes destacam a necessidade de uma abordagem construtiva para evitar novos confrontos. As declarações de Charles Blé Goudé, que requer um diálogo com poder, ressoam como um convite para superar as clivagens e buscar soluções comuns. Com isso em mente, seria interessante explorar quais mecanismos eficazes poderiam ser implementados para garantir a transparência e a equidade das eleições futuras.
Ao mesmo tempo, o partido no poder, o RHDP, reagiu afirmando que os partidos da oposição não são excluídos da eleição presidencial e enfatizando as possibilidades de representação. Esta afirmação merece atenção especial. Surge a questão se essa abertura para o diálogo é traduzida concretamente em ações que promovem a inclusão ou se permanece um princípio teórico. A percepção de um desejo real de reconciliação e compartilhamento de poder pelo RHDP será crucial para estabelecer um clima de confiança entre as diferentes facções políticas.
A questão principal permanece assim a da criação de um ambiente eleitoral pacífico, enquanto o país se aproxima de um momento decisivo. As reivindicações da oposição, embora deixadas de frustrações legítimas, devem ser consideradas em um contexto de diálogo respeitoso e construtivo. Solidariedade e responsabilidades compartilhadas dentro da classe política podem possibilitar atrair um caminho mais sereno para as eleições.
Em suma, a reunião do CAP-CI não é apenas uma manifestação política; É um reflexo das preocupações de uma parte significativa da população marfim. Embora as tensões políticas sejam intensificadas, é essencial incentivar o diálogo e construir pontes entre as partes, a fim de promover um clima propício a eleições pacíficas. As questões levantadas durante esta manifestação podem muito bem abrir perspectivas para o futuro político da Costa do Marfim, se forem apreendidas com discernimento e humanidade.