** Uma nova respiração para a infraestrutura de Kinshasa: o progresso dos rocades em questão **
Em 15 de março, a Inspeção Geral de Finanças (IGF) e a Agência Congolesa para os principais trabalhos (ACGT) fizeram uma visita para avaliar as obras de construção do Kinshasa Rocades, um projeto já emblemático da ambição da República Democrática do Congo (RDC) em termos de infraestrutura. Este projeto, revelado em plena luz do dia pela revisão de contratos com empresas chinesas, representa um ponto de virada estratégico na paisagem caótica da capital congolesa e desperta muitas questões sobre seu impacto a longo prazo.
### novos caminhos, velhas promessas
A visita começou com o Southeast Ring Road, um itinerário que deve transformar o transtorno urbano atual em uma rede estruturada e coerente. No nível do ponto de quilometragem de 16+100, a efervescência era palpável: os representantes das duas instituições conseguiram admirar o progresso feito no chão. No entanto, além das selfies ao lado de máquinas de construção, surgirá a pergunta: essas estradas serão suficientes para responder aos problemas incessantes de congestionamento e deslizamentos de terra que afetam a cidade?
A participação dos Rocades é dupla: por um lado, melhorando a mobilidade dos congolês, mas, por outro, também é uma oportunidade para fortalecer a economia local pela facilitação das trocas. Imagine uma cidade quando o horário de pico não é mais sinônimo de paralisia, mas fluidez. Para isso, podemos inspirar -se em modelos de grandes metrópoles como Nairobi ou Addis Ababa, que, através de políticas de construção de estradas periféricas, reduziram significativamente os engarrafamentos e melhoram a qualidade de vida de seus habitantes.
### Os desafios da implementação
No entanto, o componente técnico e econômico deste projeto merece ser analisado mais em profundidade. O diretor geral da ACGT, Nico Nzau, disse que o CREC-8, a construção responsável pela construção está no caminho certo. Para ir ainda mais longe na transparência do processo, a RDC poderia considerar a adoção das práticas populares de consulta espalhadas em outros países. Envolver as comunidades locais no monitoramento do trabalho, não apenas fortalecem a participação dos residentes no projeto, mas também contribuir para uma melhor conformidade com os padrões.
Por exemplo, na Etiópia, os comitês locais foram treinados para supervisionar os projetos de construção de infraestrutura, garantindo assim que a força de trabalho local esteja envolvida e que os benefícios econômicos beneficiem as populações em questão. Isso pode se tornar uma referência para consolidar o projeto Rocades em Kinshasa.
### Um projeto, um futuro?
Quanto ao financiamento, orquestrado pelo programa sino-conngolês, representa uma oportunidade como uma espada de dois gumes. O dinamismo das relações sino-conngolês se provou, mas é necessário um aumento de alerta para evitar as armadilhas de superestividade que muitas vezes levaram a tensões em outros países africanos. A RDC deve ser cautelosa para garantir que cada dólar investido pela China realmente contribua para o desenvolvimento sustentável do país e não leve a uma dependência econômica de longo prazo.
### um olhar para o futuro
Além das considerações financeiras, a RDC deve estar interessada na integração dessas novas infraestruturas em um modelo de desenvolvimento sustentável. As mudanças climáticas, a migração interna e as necessidades de mobilidade devem entrar em cena no planejamento de novas infraestruturas. O capital não deve apenas construir, mas também pensar em adaptação e resiliência para as gerações futuras.
Em conclusão, os Rocades Kinshasa representam um projeto ambicioso e necessário. No entanto, é imperativo que o governo, em colaboração com empresas privadas e sociedade civil, estabeleça uma estrutura legal e governança responsável para maximizar seus lucros. Enquanto o trabalho está progredindo, o verdadeiro desafio não está apenas no aspecto físico dessas novas estradas, mas da maneira como eles transformarão a vida social e econômica de Kinshasa a longo prazo. Em vez de simplesmente erguer a infraestrutura, é uma questão de construir uma visão de um futuro duradouro para a RDC, uma visão que valoriza o bem-estar de seus cidadãos, respeitando seu ambiente. Um desafio ambicioso, mas agora agora essencial.