“A tragédia da morte sob custódia do primeiro-sargento Hilaire Bobwa Imole na célula de inteligência militar (anteriormente DEMIAP) comoveu profundamente a opinião pública e levantou questões sobre o respeito pelos direitos humanos na República Democrática do Congo. Os Direitos Humanos (VSV) foram rápidos a denunciar este acontecimento alarmante durante um comovente fórum organizado na sua sede em Kinshasa.
Num país onde a justiça e a transparência são frequentemente postas à prova, este caso destaca os desafios enfrentados por muitos cidadãos congoleses. O VSV, com coragem e determinação, exigiu toda a luz sobre as circunstâncias da trágica morte deste primeiro-sargento-mor. Manifestou também a sua solidariedade para com a família enlutada e sublinhou a importância de garantir a segurança e a dignidade daqueles que foram afectados por esta tragédia.
As recomendações feitas pela primeira vice-diretora executiva do VSV, Sra. Irène Monama, são um apelo urgente à ação para o Estado congolês. Ao fornecer apoio financeiro para funerais e garantir um enterro digno aos falecidos, o Estado pode demonstrar o seu compromisso com a justiça e a compaixão pelas vítimas de violações dos direitos humanos. Além disso, garantir a segurança e a integridade física dos familiares é um requisito fundamental que não pode ser ignorado.
É imperativo que sejam tomadas medidas concretas para garantir a transparência e a responsabilização nesta matéria. A autópsia do corpo do primeiro-sargento, solicitada pelo Ministério Público Militar, deve ser realizada com rapidez e eficiência, a fim de revelar a verdade sobre as circunstâncias de sua morte. Além disso, são necessárias reformas de grande alcance nas condições de detenção em ambientes prisionais, incluindo nas células de inteligência, para evitar tais tragédias no futuro.
Em última análise, este caso trágico destaca a importância crítica da protecção dos direitos humanos e da justiça na República Democrática do Congo. Em homenagem ao primeiro-sargento Hilaire Bobwa Imole, é essencial que sejam tomadas medidas concretas e eficazes para garantir que tais injustiças não se repitam e que a dignidade de todos os cidadãos seja respeitada.”