A recente votação eleitoral na Namíbia gerou questionamentos e protestos de dois partidos da oposição, alegando irregularidades nas eleições presidenciais e parlamentares realizadas em 27 de novembro. O partido no poder, o Partido Popular do Sudoeste da África (SWAPO), venceu ambas as eleições, consolidando seu poder de 34 anos.
Os Patriotas Independentes pela Mudança e o Movimento dos Sem Terra, os dois partidos de oposição, foram à justiça para obter acesso às evidências, dizendo que querem verificar as alegações e possivelmente contestar a validade da votação. O tribunal finalmente ordenou que a comissão eleitoral fornecesse essas informações aos partidos da oposição até a próxima semana, incluindo documentação detalhando o número de votos emitidos e contados em cada seção eleitoral.
A eleição foi marcada por incidentes, como escassez de cédulas e problemas técnicos que levaram à extensão da votação em algumas áreas, com algumas seções eleitorais permanecendo abertas por até três dias. Apesar desses desafios, a comissão eleitoral da Namíbia disse que a votação foi livre e justa.
A nova presidente, Netumbo Nandi-Ndaitwah, que deve tomar posse em março, é a primeira mulher presidente do país. Apesar das críticas e protestos, ela rejeitou as alegações de fraude eleitoral e prometeu liderar o país de acordo com a democracia e o Estado de direito.
Esta situação levanta questões importantes sobre a transparência e integridade dos processos eleitorais na Namíbia, bem como a necessidade de garantir eleições livres e justas que reflitam a vontade do povo. É essencial que esses desafios sejam investigados minuciosamente e que medidas apropriadas sejam tomadas para fortalecer a confiança pública no sistema democrático do país.