Lançamento de um programa de vacinação contra a malária na Nigéria: um passo crucial em direcção à saúde pública

A Nigéria lançou um programa de vacinação contra a malária para reduzir o fardo desta doença mortal. Prioridade para crianças pequenas, com a primeira dose administrada aos cinco meses. O estado de Bayelsa está entre os primeiros a se beneficiar do programa. As mães expressam alívio e esperança renovada pela saúde dos seus filhos. Apesar dos sucessos, persistem desafios, tais como conceitos errados sobre vacinas, incluindo a crença na sua ligação com a infertilidade. Estes obstáculos realçam a necessidade de educação e sensibilização contínuas para garantir o sucesso do programa de imunização e a luta contra a malária na Nigéria.
A Nigéria lançou recentemente a implementação de um programa de vacinação contra a malária, numa tentativa de reduzir o fardo da doença transmitida por mosquitos, que causou a morte de cerca de 200 mil pessoas no ano passado.

Este programa de vacinação visa principalmente crianças pequenas, com a primeira dose administrada a partir dos cinco meses de idade. Um dos primeiros locais onde o programa está a ser implementado é o estado de Bayelsa, no sul do país, que tem uma das taxas de malária mais elevadas do país.

Mães como Rebecca Godspower levaram os seus bebés de seis meses a uma clínica para receberem a vacina, depois de já tratarem os seus filhos várias vezes contra a malária. Rebecca expressa o seu alívio nestes termos: “Agora que existe uma vacina contra a malária, estou feliz, estou aliviada por já não ter de enfrentar este stress. »

Um sentimento partilhado por outra mãe, Esther Michael, que também visitou a clínica: “Estou feliz por levar o meu filho ao centro de saúde para ser vacinado porque ouvimos dizer que a malária está a matar outras crianças. »

Bebés, crianças menores de cinco anos, mulheres grávidas e raparigas, viajantes, pessoas com VIH ou SIDA correm maior risco de infecção grave.

A Comissária Estadual de Saúde de Bayelsa, Professora Seiyefa Brisibe, destacou que as taxas de infecção por malária são altas na região, representando cerca de 30% das mortes entre crianças menores de cinco anos e sendo também uma das causas do absenteísmo entre adultos em trabalhar.

Apesar dos sucessos registados até agora em Bayelsa, a administração ainda enfrenta conceitos errados e desinformação em relação às vacinas, como a crença de que causam infertilidade.

O preconceito contra as vacinas, alimentado em particular por certos líderes religiosos, penetra na sociedade e por vezes dificulta os esforços de vacinação.

Este programa de vacinação contra a malária na Nigéria constitui, portanto, um passo crucial na luta contra esta doença mortal, mas também destaca os desafios persistentes ligados à educação e sensibilização da população sobre a importância das vacinas para a saúde pública.

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