No trágico caso da morte de Jacob Emmanuel sob custódia policial em Abuja, o desejo de justiça da sua família ressoa poderosamente. Sua história comovente destaca as injustiças sofridas por muitos indivíduos nas mãos das autoridades.
O desaparecimento de Jacob Emmanuel, um residente de 22 anos de Mpape, Abuja, levanta sérias preocupações sobre as práticas policiais. A sua provação, que começou em fevereiro de 2024 pelo alegado roubo de uma televisão, tornou-se um exemplo flagrante de abuso de poder e de brutalidade policial.
Detido sem julgamento durante oito longos meses, Emmanuel terá sofrido horríveis actos de tortura às mãos de agentes do Comando da Capital Federal (FCT) da Polícia e da Unidade Anti-Sequestro de Kado. Apesar da recuperação do bem roubado e do fim das investigações, as autoridades recusaram-se a libertá-lo ou a apresentar queixa. Pior ainda, alegadamente exigiram um suborno de 200 mil nairas, segundo o advogado da família.
A sua provação intensificou-se na detenção de Guzape, apelidado de “Matadouro” pelos detidos, onde terá sido alegadamente torturado implacavelmente. A saúde de Emmanuel deteriorou-se rapidamente, sucumbindo finalmente aos ferimentos em outubro de 2024.
Na sua busca desesperada por justiça, a mãe viúva de Emmanuel intensificou os seus esforços, enviando petições ao Comissário da Polícia da FCT, à Comissão Nacional dos Direitos Humanos e ao Inspector-Geral da Polícia. Infelizmente, nenhuma ação concreta foi tomada.
O advogado da família pede agora uma investigação completa, nomeando especificamente o inspetor Paul Shafi e outros agentes pelo seu alegado papel na morte de Emmanuel. As alegações de que o inspetor Shafi se gabou do número de jovens que morreram sob custódia sob seu comando levantam questões preocupantes sobre a conduta da aplicação da lei.
A história de Jacob Emmanuel revela as falhas do sistema judicial e destaca a urgência de uma reforma profunda para garantir os direitos fundamentais de todos os cidadãos. A sua morte prematura é um lembrete convincente da importância da responsabilização e da transparência nas instituições encarregadas de proteger e servir as pessoas. A sua família merece justiça e a sua memória deve ser honrada com ações concretas para evitar que tais tragédias voltem a acontecer.