O recente Congresso da Frente Popular da Costa do Marfim (FPI) foi palco de rivalidades internas e tensões palpáveis sobre a nomeação do candidato do partido para as eleições presidenciais de 2025. No centro dos debates, Pascal Affi N’Guessan, atual presidente do partido. O FPI aparece na posição favorita para obter a nomeação do partido, apesar das divisões que surgiram dentro do partido nas últimas semanas.
O contexto político marfinense é marcado por dissensões internas no FPI, nomeadamente com a suspensão de Pierre Dagbo Godé, advogado e rival de Pascal Affi N’Guessan, pelas suas posições críticas. Estas tensões realçaram uma franja de protesto dentro do partido, referida como os “rebeldes”, que questionam a autoridade da actual liderança.
Vozes discordantes levantaram-se dentro do FPI, denunciando um Congresso potencialmente tendencioso e destacando a falta de coesão dentro do partido. Os apelos lançados a favor da aproximação da oposição por Laurent Gbagbo e a ruptura da parceria com o RHDP acentuaram as divisões dentro do FPI e alimentaram críticas internas.
Apesar destes tumultos e desentendimentos, a liderança do FPI, encarnada por Pascal Affi N’Guessan e o novo secretário-geral Barthélémy Iré Gnépa, afirma que estes tumultos não prejudicam de forma alguma a determinação do partido em preparar-se activamente para as próximas eleições presidenciais. O aviso ao Presidente Alassane Ouattara para não concorrer a um quarto mandato, emitido por Pascal Affi N’Guessan, é um forte sinal dirigido ao actual chefe de Estado e aos observadores políticos.
Neste clima de tensões e incertezas, o FPI parece navegar entre a necessidade de coesão e unidade e as aspirações divergentes dos seus membros. A nomeação do candidato para as eleições presidenciais de 2025 promete assim ser um grande desafio para o partido, chamado a superar as suas divisões e a posicionar-se claramente no panorama político marfinense.
O destino político do FPI e dos seus principais intervenientes, como Pascal Affi N’Guessan, está intimamente ligado à capacidade do partido para superar as suas dissensões internas e propor uma visão unificada e dinâmica para o futuro da Costa do Marfim. Os próximos meses prometem ser decisivos para o futuro político do país, com o FPI no centro das questões e debates que animam a cena política marfinense.