O acalorado debate em torno das posições do professor André Mbata Mangu sobre a justiça congolesa

Durante as recentes posições assumidas pelo Professor André Mbata Mangu durante os Estados Gerais de Justiça na República Democrática do Congo, surgiu uma polémica. As suas declarações questionando o papel dos juristas não constitucionalistas e minimizando a importância das trocas nas redes sociais sobre a Constituição provocaram fortes reações na comunidade jurídica e cívica. Ao fazer uma distinção duvidosa entre juristas e ao subestimar o papel das redes sociais no debate democrático, o Professor Mbata Mangu tem sido criticado pela sua abordagem elitista da legislação e da justiça. É crucial promover um diálogo aberto e inclusivo para permitir que a população congolesa participe activamente na evolução da lei suprema e para promover uma democracia verdadeiramente participativa.
Durante as recentes posições assumidas pelo Professor André Mbata Mangu durante os Estados Gerais de Justiça, uma verdadeira controvérsia eclodiu no panorama jurídico congolês. As suas declarações, consideradas desconcertantes e revoltantes por muitos observadores, provocaram fortes reacções na comunidade jurídica e cívica. Ao questionar o papel dos juristas não constitucionalistas e ao minimizar a importância das discussões nas redes sociais sobre a Constituição, o Professor Mbata Mangu atraiu a ira dos seus pares e do público.

Ao afirmar que “nem todo advogado é constitucionalista”, o Professor Mbata Mangu parece estar a fazer uma distinção duvidosa dentro da profissão jurídica, criando assim uma divisão entre as diferentes áreas de especialização dos advogados. Esta visão restritiva e elitista apenas reforça as divisões dentro da comunidade jurídica e alimenta um sentimento de exclusão entre os profissionais do direito.

Da mesma forma, ao minimizar a importância dos intercâmbios nas redes sociais sobre a Constituição, o Professor Mbata Mangu parece subestimar o papel crucial que estas plataformas desempenham na promoção do debate democrático. As redes sociais oferecem, de facto, um espaço de expressão e discussão sem precedentes, permitindo aos cidadãos obter informação, debater e participar activamente na vida política do seu país. Ao desqualificá-los desta forma, o Professor Mbata Mangu demonstra uma certa desconexão com as realidades e aspirações do povo congolês.

Além disso, o desprezo demonstrado pelo Professor Mbata Mangu pelo debate público sobre a Constituição revela uma concepção fixa e autoritária da lei fundamental. Enquanto texto fundador da democracia congolesa, a Constituição deve ser objecto de um diálogo aberto e inclusivo, permitindo que toda a sociedade se expresse e contribua para a sua evolução. Ao restringir esta discussão a um círculo restrito de especialistas, o Professor Mbata Mangu corre o risco de privar a população congolesa da sua voz legítima no desenvolvimento e revisão da lei suprema.

Em última análise, as palavras do Professor André Mbata Mangu revelam uma concepção elitista e fechada da jurisprudência, incompatível com os imperativos de uma democracia participativa e inclusiva. Em vez de marginalizar vozes divergentes e restringir o debate a uma elite restrita, é imperativo encorajar uma abordagem aberta e democrática à legislação e à justiça. A Constituição é um bem comum, pertencente a todo o povo congolês, e a sua reflexão e desenvolvimento devem ser da conta de todos.

Em última análise, a posição do Professor Mbata Mangu deve servir como um lembrete a todos os actores da justiça e da democracia congolesa. Em vez de negar a diversidade de opiniões e restringir o diálogo, é essencial valorizar a contribuição de todos e promover um debate aberto e respeitoso. É assim que a justiça congolesa pode verdadeiramente encarnar os valores democráticos e garantir a igualdade e a justiça para todos.

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