Fatshimetrie destaca uma comovente exposição no Castelo Real de Blois, intitulada “Faces dos ancestrais”. Esta exposição apresenta cerca de cinquenta bustos realizados em 1846, representando ex-escravos. Entre eles estão os ancestrais da família Lily, cuja história suscita emoções intensas e reflexões profundas.
Os Lily, descendentes de escravos embarcados em Moçambique por um navio brasileiro antes de serem interceptados pelo navio inglês Lily e levados para as Maurícias, agora abolindo a escravatura, encontram-se pela primeira vez diante dos rostos dos seus antepassados. Doris e David Lily, batizados em homenagem ao navio que marcou o destino de sua linhagem, ficam profundamente comovidos ao descobrir esses bustos que testemunham o passado sombrio de sua família.
A exposição “Rostos dos Ancestrais” oferece uma oportunidade única para mergulhar na história da escravidão e prestar homenagem àqueles que sofreram com esta prática desumanizadora. Os espectadores são convidados a sentir o impacto destes rostos congelados no tempo, portadores de memórias dolorosas e de resiliência.
O Castelo Real de Blois, um lugar emblemático e rico em história, oferece um cenário majestoso para esta comovente exposição. Os visitantes podem explorar estes rostos congelados em gesso, símbolos de uma época sombria, mas também testemunhas da força e coragem daqueles que sobreviveram à escravidão.
“Faces of Ancestors” convida a uma reflexão profunda sobre as injustiças passadas e atuais, relembrando a importância de recordar e aprender com a nossa história partilhada. Esta exposição levanta questões sobre o dever de recordar e a necessidade de lutar contra todas as formas de discriminação e opressão.
Ao descobrir estes rostos de antepassados marcados pela história da escravatura, os visitantes são convidados a ouvir o testemunho silencioso daqueles que sofreram e a prestar-lhes homenagem. Uma experiência comovente que nos lembra a importância de preservar a memória coletiva e transmitir as lições do passado às gerações futuras.