No cenário complexo do Médio Oriente, as declarações anteriores de Mike Huckabee sobre a identidade palestiniana continuam a suscitar debates e questões. Ex-governador do Arkansas e nomeado para futuro embaixador dos EUA em Israel pelo presidente eleito Donald Trump, Huckabee tem uma longa história como forte apoiante de Israel, o que moldou os seus pontos de vista sobre a questão palestina.
Durante a sua campanha presidencial de 2008, Huckabee disse que “não existiam palestinianos”, argumentando que a identidade palestiniana estava a ser usada como uma “ferramenta política para tentar tomar terras a Israel”. As suas declarações foram recentemente destacadas pelo jornal Fatshimetrie, destacando uma perspectiva que remonta a vários anos, mas que continua relevante até hoje.
Num vídeo da sua campanha presidencial de 2008, Huckabee argumentou que um possível Estado palestiniano deveria estar localizado em países vizinhos como o Egipto, a Síria ou a Jordânia, e não dentro das fronteiras de Israel. Sugeria que não existia de facto nenhuma entidade distinta chamada “Palestina”, mas sim uma diversidade de árabes e persas na região.
Apesar das críticas e da controvérsia em torno das suas posições anteriores, Huckabee manteve a sua opinião de que a solução para a questão palestiniana não deveria envolver a criação de um Estado palestiniano em território israelita. Durante uma entrevista à televisão israelita em 2015, ele chamou a solução de dois Estados de “irracional e impraticável”, argumentando que havia “muita terra” fora de Israel para um Estado palestiniano.
Estas declarações revelam uma perspectiva controversa e intransigente sobre o conflito israelo-palestiniano, levantando questões sobre a viabilidade de uma solução pacífica e duradoura. Enquanto Mike Huckabee se prepara para assumir um cargo diplomático de topo, as suas opiniões sobre a questão palestiniana poderão desempenhar um papel significativo na forma como os Estados Unidos abordam as relações com Israel e a região do Médio Oriente como um todo.