A recente consulta popular no Gabão para decidir se deveria ou não adoptar uma nova constituição suscitou reacções contrastantes entre os eleitores. Cerca de 860 mil pessoas estavam recenseadas para votar, mas a participação esteve no centro das discussões, na sequência de relatos de baixa participação em algumas assembleias de voto.
O ex-primeiro-ministro Billie Bi-Nzé falou sobre a baixa participação observada numa assembleia de voto, deplorando o desperdício de boletins de voto não utilizados. Segundo ele, parte da população pode não ter entendido bem o que estava em jogo na eleição, o que gerou votos inválidos.
Agora que a votação terminou, muitos gaboneses acreditam que o foco deveria ser na restauração das instituições, em linha com os compromissos assumidos pelo Comité para a Transição e Restauração das Instituições no Poder. Para alguns moradores, é hora de acelerar as reformas anunciadas pelo presidente de transição quando chegou ao poder. Se a nova constituição pretende verdadeiramente conduzir o Gabão a um futuro brilhante, é imperativo que todos os Gaboneses beneficiem dos recursos do país. Além disso, aqueles que procuram lucrar ilegalmente com o país em detrimento da população devem ser punidos.
Esta consulta destacou, portanto, uma necessidade premente de reformas e transparência para garantir que os interesses de todos os cidadãos gaboneses sejam tidos em conta. É crucial que as autoridades em vigor se comprometam a restaurar a confiança do povo gabonês e a trabalhar para um futuro mais justo e próspero para todos.