Depois de uma semana agitada na Tanzânia, o líder do principal partido da oposição, Chadema, Sr. Freeman Mbowe, foi libertado sob fiança após a sua detenção na sexta-feira passada, poucos dias antes das eleições locais marcadas para 27 de Novembro.
O lançamento foi anunciado no sábado por Chadema na plataforma de mídia social
A detenção do Sr. Mbowe estava aparentemente ligada a uma reunião realizada antes das eleições. Após a sua libertação, por volta da meia-noite, enfrentou os jornalistas, rejeitando as acusações contra ele como infundadas. “Fomos acusados de violar o calendário de campanha, mas isso é infundado, porque já tínhamos chegado a acordo com os nossos colegas da oposição”, disse.
Ele também alegou que a sua prisão foi uma tentativa deliberada de perturbar as campanhas planeadas de Chadema. O Sr. Mbowe mencionou que alguns membros do partido permanecem detidos e que ele e outros foram intimados a comparecer perante as autoridades no dia 29 de Novembro. Ele planeja consultar um advogado sobre esse assunto.
As próximas eleições locais estão a ser acompanhadas de perto, como um elemento-chave na avaliação do cenário político da Tanzânia antes das eleições presidenciais marcadas para Outubro de 2025.
Desde que assumiu o cargo em 2021, a Presidente Samia Suluhu Hassan implementou algumas medidas para aliviar as restrições à comunicação social e à oposição. Contudo, activistas dos direitos humanos afirmam que as detenções arbitrárias persistem.
Sob a presidência de Magufuli, os comícios da oposição foram muitas vezes violentamente perturbados pela polícia e os seus líderes foram frequentemente presos. Nomeadamente, as principais figuras de Chadema, o Sr. Mbowe e o seu vice, Tundu Lissu, foram vítimas de ataques por indivíduos desconhecidos, ambos alegando que os ataques tinham motivação política.
A retoma dos protestos da oposição marca um novo impulso no sentido da abertura política e da reforma na Tanzânia, reflectindo a mudança do cenário político sob a liderança da Presidente Samia Suluhu Hassan.